Sociedade
02 agosto 2021 às 12h24

Internamentos aumentam, incidência e R(t) estão a descer

Portugal registou mais 1 190 casos e nove mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. O país contabiliza agora um total de 972 127 casos e 17 378 óbitos desde o início da pandemia

DN

Portugal registou mais 1 190 casos e nove mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira, 2 de agosto.

Há agora 49 787 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2, menos 267 do que na véspera.

O país contabiliza agora um total de 972 127 casos e 17 378 óbitos desde o início da pandemia.

Relativamente a hospitalizações, há agora 968 pessoas internadas (mais 45 do que no dia anterior), 203 dos quais em unidades de cuidados intensivos (mais três).

O boletim da DGS aponta também que há mais 1448 recuperados da doença, num total de 904 962.

Lisboa e Vale do Tejo foi a região que registou mais novos casos (444), seguida de Norte (420), Algarve (140), Centro (83), Açores (50), Alentejo (27) e Madeira (26). Os óbitos foram distribuídos por Norte (quatro), Lisboa e Vale do Tejo (três), Centro (um) e Madeira (um).

A taxa de incidência baixou de 439,3 para 403,1 casos por covid-19 por 100 mil habitantes no continente e de 419,2 para 394,6 a nível nacional.

O R(t) diminuiu de 0,98 para 0,94 tanto a nível nacional como no continente.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este domingo ser "fundamental" a iniciativa dos pais para a vacinação de menores entre os 12 e os 15 anos, mas realçou que o processo deve contar com intervenção médica.

"É fundamental que haja da parte dos pais uma iniciativa e depois o acolhimento pelas autoridades de saúde, naturalmente através da intervenção do médico", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Leia também: Marcelo agora diz que vacinação de crianças deve ter "naturalmente" intervenção médica

O chefe de Estado falava aos jornalistas, em Brasília, depois de ter sido questionado sobre o esclarecimento feito pelas autoridades de saúde de que a vacinação de crianças, entre os 12 e os 15 anos, só poderá ser feita mediante receita médica.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu que a vacinação de crianças com idades entre 12 e 15 anos sem doenças tem de ter prescrição médica, não bastando a vontade dos pais.

Num esclarecimento enviado à Lusa, a DGS indicou que, de acordo com o parecer emitido na sexta-feira, depois de ouvida a comissão técnica de vacinação contra a covid-19, "deve ser dada a possibilidade de acesso à vacinação a qualquer adolescente com 12-15 anos por indicação médica".

No sábado, o Presidente da República salientou que as autoridades de saúde não proibiram a vacinação contra a covid-19 para crianças saudáveis, considerando que "esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais".

"As autoridades sanitárias não proibiram a vacinação no caso de as crianças não terem doenças ou patologias. Esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais", disse Marcelo Rebelo de Sousa, reagindo à recomendação, na sexta-feira, pela DGS, da administração prioritária de vacinas contra a covid-19 em crianças entre os 12 e os 15 anos com doenças associadas graves.

Questionado pelos jornalistas, o chefe de Estado rejeitou que as duas posições sejam contrárias, considerando que o esclarecimento feito hoje "acaba por ir ao encontro" do que ele próprio disse: "Os médicos só decidem se os pais pedirem. As crianças não podem dirigir-se aos médicos, tem de alguém substituir as crianças".

A DGS recomendou, na sexta-feira, a administração prioritária de vacinas contra a covid-19 apenas para crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades.

A DGS considerou ainda que deve ser dada a possibilidade de vacinação a todas as crianças desta faixa etária por indicação médica e de acordo com a disponibilidade de vacinas, remetendo uma decisão sobre o acesso universal destas idades para mais tarde.

"A DGS emitirá recomendações sobre vacinação universal de adolescentes dos 12 aos 15 anos logo que estejam disponíveis dados adicionais sobre a vacinação destas faixas etárias", disse, na sexta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Ainda sobre a vacinação dos adolescentes entre os 12 e os 15 anos, Graça Freitas disse que a lista de doenças crónicas que justificam a vacinação nestas idades está já preparada e pronta para ser publicada, para que os médicos possam fazer a recomendação de vacinação.

A vacinação universal continua, para já, a ser apenas recomendada a partir dos 16 anos, seguindo o plano de vacinação em curso.

A DGS não descartou, no entanto, alterações futuras se houver "novas variantes de preocupação".

Apenas as máscaras e os frascos de álcool-gel à entrada das lojas indicam que estamos em tempo de pandemia. O Centro Comercial Colombo voltou este domingo ao seu horário, entre as 10h00 e as 24h00. O cinema passa a ter sessão noturna e o ginásio anuncia um novo horário e aulas em espaço fechado. Tudo o resto é o frenesim próprio de quem escolhe o domingo para fazer compras, embora aparentemente nada disso seja urgente. Está preenchida 95% da lotação, agora reduzida a 7500 pessoas.
Filas no rés-do-chão, também no primeiro andar, onde se concentram as lojas de roupa e de acessórios, além dos restaurantes. Alguns homens esperam encostados ao gradeamento, enquanto muitas pessoas percorrem a passos largos os corredores.

Os centros comerciais estavam obrigados a fechar às 15h30 ao domingo e às 19h00 aos sábados, o que deixou de ser obrigatório a partir de ontem, a primeira fase do desconfinamento em situação de calamidade. Muitos clientes até se esqueceram de que poderiam permanecer durante a tarde e a noite, mas rapidamente se adaptaram. Foi mais difícil para os lojistas que apenas no sábado receberam a comunicação oficial de que poderiam estar abertos até às 24h00. O Conselho de Ministros decidiu as medidas na quinta-feira.

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