Tinha marcado uns dias de férias para depois das eleições à Ordem dos Médicos, cujos resultados foram conhecidos a 19 de janeiro. Não contava com uma segunda volta, que foi o que aconteceu, e com o ter de prolongar, pelo menos, o seu mandato como bastonário por mais um mês, mas o balanço há muito que o tem preparado. E à pergunta sobre os momentos marcantes dos últimos seis anos, Miguel Guimarães, de 60 anos, especialista em Urologia e em Transplantação, não hesita: "Tive três momentos muito fortes. Um foi o caso do bebé sem rosto, em Setúbal, e os outros dois durante a pandemia: o caso das mortes no Lar de Reguengos de Monsaraz, ao qual a Ordem teve de fazer uma auditoria clínica, e depois o processo de vacinação aos médicos que não integravam o Serviço Nacional de Saúde (SNS)".