Sociedade
26 janeiro 2022 às 15h42

Portugal passa os 60 mil casos pela primeira vez. Internamentos baixam

O relatório diário da Direção-Geral da Saúde indica um novo recorde diário de infeções (65 578). Foram ainda declarados 42 óbitos, a maioria dos quais no Norte e em Lisboa e Vale do Tejo. Há agora 2313 doentes internados, dos quais 154 em UCI.

DN

Portugal confirmou, nas últimas 24 horas, um novo recorde de 65 578 de casos de infeção de covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Foram assim superados os 58 530 casos que tinham sido registados na passada sexta-feira.

Para este novo máximo desde o início da pandemia contribuíram em larga medida os 28 314 casos registados só na região Norte, sendo que Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 18 696 e o Centro teve 11 204 infeções. De resto, o Algarve reportou 2828 casos, o Alentejo teve 2094, os Açores apresentaram 1285 e a Madeira comunicou 1157.

Há também a registar mais 42 mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2, indica o relatório desta quarta-feira (26 de janeiro). A maioria dos óbitos foi declarada no Norte (16) e em Lisboa e Vale do Tejo (15). O Centro contabilizou nove enquanto no Alentejo foram dois.

Os números mostram que há agora 2313 internados (menos sete que no dia anterior), dos quais 154 estão em unidades de cuidados intensivos (menos quatro). Este é o segundo dia consecutivo em que há menos pessoas a precisar de cuidados médicos em hospital.

A atualização da taxa de incidência volta a registar um novo máximo com 5728,4 casos de infeção por 100 mil habitantes, quando na segunda-feira era de 5322,6 em todo o território. Este aumento é comum na análise feita no continente que é agora de 5683,5 (era de 5262,8).

Novidade é que houve uma subida do R(t), sendo agora de 1,17 (era de 1,15 na segunda-feira) no território nacional. Na análise feita apenas ao continente está agora em 1,18.

Foram ainda registados mais 62 145 casos de pessoas que recuperaram da doença.

Portugal soma, atualmente, 515 962 casos ativos da infeção, refere ainda o relatório diário.

A vacinação contra a covid-19 não afeta a taxa de fertilidade nas mulheres submetidas a tratamentos de fertilização in vitro, revela um estudo realizado nos Estados Unidos e divulgado na terça-feira.

Para os autores da investigação, publicada na revista Obstetrics & Gynecology, estes resultados somam-se ao "crescente corpo de evidências" que garante que a vacinação contra a covid-19 não afeta a fertilidade.

A equipa de investigação do Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque, comparou taxas de fertilização, gravidez e aborto prematuro em pacientes de fertilização in vitro que receberam duas doses da vacina, da Pfizer ou Moderna, e obtiveram os mesmos resultados que entre as mulheres não vacinadas.

"Com este trabalho podemos ajudar a tranquilizar os pacientes em idade reprodutiva e permitir que tomem as melhores decisões. Cria conforto às pessoas saberem que a vacina contra a covid-19 não afeta o seu potencial reprodutivo", referem os autores da investigação.

Outro estudo, também divulgado na terça-feira, sugere que as pessoas com infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e que estão vacinadas adquirem uma "super imunidade" que é muito superior à proteção imunológica de quem apenas recebeu a vacina.

"A resposta imunitária medida no soro sanguíneo revelou anticorpos mais abundantes e mais eficazes do que a imunidade gerada apenas pela vacinação", indicam as conclusões da investigação da Oregon Health & Science University (OHSU), dos Estados Unidos, hoje publicadas na revista Science Immunology.

O estudo foi realizado antes do surgimento da variante Ómicron do SARS-CoV-2, mas os investigadores esperam que as respostas imunes híbridas sejam semelhantes com a nova variante considerada altamente transmissível.

O autoagendamento da dose de reforço da vacina contra a covid-19 já está disponível para pessoas com 25 ou mais anos no portal da DGS.

O autoagendamento para a dose de reforço estava disponível para maiores de 30 anos desde o último domingo.

O portal permite também marcações de pessoas com 50 ou mais anos para dose de reforço contra a covid-19 e vacina contra a gripe, assim como para quem tem mais de 18 anos e foi vacinado com a Janssen há pelo menos 90 dias.