Sociedade
05 maio 2021 às 09h07

Mesmo sem restrições, algumas vacinas compradas por Portugal podiam já não ser usadas

O coordenador da Comissão Técnica de Vacinação Contra a covid-19 disse que, mesmo sem as restrições de idade relativas às vacinas da AstraZeneca e da Janssen, já haveria algumas vacinas que podiam não ser usadas, uma vez que são mais do que as pessoas elegíveis.

DN/Lusa

A Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 garantiu esta quarta-feira que a quantidade de vacinas adquiridas por Portugal levará a que algumas possam não ser utilizadas, pois são mais do que as pessoas elegíveis.

Em declarações numa audição na comissão parlamentar de saúde, a pedido do PSD, sobre as razões que serviram de base às alterações dos critérios de vacinação, o coordenador da Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19, Valter Fonseca, disse que, mesmo sem as restrições de idade relativas às vacinas da Astra Zeneca e da Janssen, já haveria algumas vacinas que podiam não ser usadas tendo em conta as doses compradas por Portugal.

Sobre a justificação das restrições, disse que foram sempre definidas com base em avaliações feitas, país a país, sobre a incidência da doença, a existência de vacinas alternativas e a ponderação benefício-risco.

"Tivemos em consideração que o número de eventos [efeitos secundários] era muito baixo, apesar de alguma gravidade, mas que as vacinas eram absolutamente seguras acima dos 60 [Astra Zeneca] e 50 anos [Janssen]", afirmou Valter Fonseca, quando questionado sobre o porquê das restrições à vacinação de pessoas abaixo destas idades relativamente às duas vacinas.