Sociedade
17 outubro 2021 às 12h03

Internamentos sobem em dia com 9 mortes e 465 casos

A DGS reportou este domingo a existência de mais 9 mortos e 465 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas.

DN

Portugal confirmou, em 24 horas, 465 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Há a registar mais 9 mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2, indica também o relatório deste domingo, 17 de outubro.

O relatório deste domingo aponta que estão em internamento 295 pessoas (mais 10 do que no sábado), estando 61 em internamento em UCI (mais dois casos que ontem).

Lisboa e Vale do Tejo e o Alentejo são as regiões que apresentam mais óbitos, com três vítimas mortais cada. Nas regiões autónomas não houve nenhuma morte.

O boletim de hoje da DGS mostra que Lisboa e Vale do Tejo é também a região com mais novos casos (166), seguida do Norte (114). A Madeira registou apenas 7 novos casos.

Portugal tem neste domingo 30 309 casos ativos (mais 198 do que no sábado) e um total de 1 031 400 recuperados (mais 258 do que no sábado).

Os recuperados de covid-19 em Portugal e que tenham de viajar para países que exigem as duas doses das vacinas já podem tomar a segunda dose, indica uma norma da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em Portugal, o esquema vacinal para pessoas infetadas com a doença prevê a toma de apenas uma dose da vacina, mas, como há países, como o Canadá ou o Reino Unido, que exigem a quem vem de fora as duas doses, nestes casos, a DGS adaptou o esquema vacinal para que estas pessoas não tenham de fazer quarentena nos países de destino.

"Para facilitar a vida a todas as pessoas que necessitem de se deslocar para países onde são exigidas duas doses, mesmo para as pessoas que recuperaram, quem necessitar dessa dose, dirige-se a um centro de vacinação, diz que se vai deslocar para um desses países e ser-lhe-á administrada a segunda dose", explicou a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, em entrevista à RTP.

Sem esta segunda dose, os recuperados de covid-19 oriundos de Portugal teriam de fazer uma quarentena de 14 dias ao chegar ao Canadá e de 10 dias ao Reino Unido.

Vários países asiáticos já começaram a encomendar o Molnupiravir, um comprimido produzido pela farmacêutica norte-americana Merck, que está a ser anunciado como revolucionário no tratamento da covid-19, principalmente para quem não conseguiu ser vacinado.

De acordo com a CNN, a Merck espera conseguir uma autorização de emergência da FDA, a agência norte-americana do medicamento, para começar a usar este medicamento. Caso o consiga, o Molnupiravir será o primeiro tratamento oral contra a covid-19.

Pelo menos oito países asiáticos já terão feito encomendas ou estão em negociações com a Merck, entre eles a Austrália, a Nova Zelândia e a Coreia do Sul, noticiou ainda a CNN.

Especialistas ouvidos pelo canal norte-americano dizem que embora este comprimido pareça ser promissor, preocupa-os que as pessoas o vejam como uma alternativa às vacinas, que continuam a ser o meio que oferece melhor proteção contra a covid-19.

Com o Molnupiravir, quando uma pessoa é diagnosticada com covid-19, começa a tomar quatro cápsulas de 200 miligramas, duas vezes ao dia, durante cinco dias.

O tratamento é fácil, bastam 40 cápsulas, mas, conforme alertam os especialistas ouvidos pela CNN, ao contrário das vacinas, que dão uma resposta imunitária, o Molnupiravir apenas impede a replicação do vírus.