Sociedade
28 setembro 2021 às 12h04

Internados baixam para 399 em dia com 7 mortes

Dados da DGS mostram que foram confirmados 600 novos casos de covid-19. Há também a registar mais 7 mortes devido à infeção por SARS-CoV-2, segundo o relatório desta terça-feira.

DN

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira (28 de setembro) indica que, em 24 horas, foram confirmados mais 600 novos casos de covid-19 em Portugal e sete mortes, sendo que há agora 399 internados (menos 21 face ao dia anterior), dos quais 74 estão em unidades de cuidados intensivos (menos cinco).

Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com o maior número de novos casos (189) e dois mortos. No Norte verificam-se mais 183 novas infeções e dois óbitos.

As restantes mortes ocorreram no Centro (uma), região que tem mais 69 casos, e no Algarve (duas), que reporta mais 59 diagnósticos de covid-19. Foram registados mais 59 infeções no Alentejo, 21 nos Açores e 20 na Madeira.

Mais 1331 pessoas recuperaram da doença, num total de 1 019 266. Desde o início da pandemia, foram confirmados 1 067 775 casos de infeção e 17 962 óbitos.

Com esta atualização, Portugal tem, atualmente, 30 547 casos ativos da doença (menos 738), indica a DGS no dia em que o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo terminou a sua missão enquanto coordenador da task force do plano de vacinação contra a covid-19.

"Acho que entrego a minha missão, está terminada e agora fica o núcleo a fazer a transição [para a vacinação contra a covid-19 e gripe]", afirmou durante o último briefing sobre a vacinação contra a covid-19, no qual esteve o primeiro-ministro, António Costa, e a ministra da Saúde, Marta Temido.

"Neste momento, estamos em 86,5% das primeiras doses e já passámos os 84,3% das segundas doses, a caminho dos 85%, apesar de agora, nesta fase final, parece que as pessoas se esqueceram de que têm que tomar a segunda dose", disse o vice-almirante.

Na realidade, adiantou, no máximo da população elegível, falta vacinar mais 345 mil pessoas, dos quais cerca de 140 mil ainda não são elegíveis porque recuperaram.

Contudo, observou Gouveia e Melo, "há 80 mil pessoas que já recuperaram", acrescentando: "E nós ainda não as conseguimos trazer ao processo de vacinação apesar dos apelos que fazemos".

"Agora vamos começar a telefonar pessoa a pessoa para tentar perceber porque as pessoas não aparecem e é isto que está a fazer com que hoje em dia não estejamos a atingir os 85%, porque já tínhamos a possibilidade de o ter feito antes", sublinhou, antecipando a expectativa de, dentro de semana ou semana e meia, atingir essa meta.

À margem da sessão em que foi anunciado o fim da missão da equipa coordenadora do processo de vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo agradeceu, em jeito de balanço de oito meses de trabalho à frente deste processo, à população e a todas entidades e profissionais envolvidos no plano de vacinação.

"Julgo que temos de estar todos contentes por termos em conjunto feito uma coisa que vai ficar na história e agora vou-me despedir e vou voltar ao anonimato das minhas funções militares que é como deve de ser. Muito obrigada por tudo", declarou Henrique Gouveia e Melo.

Também esta terça-feira, o primeiro-ministro assegurou que o Governo manterá o levantamento do conjunto de restrições anti-covid-19 a 1 de outubro, mesmo que nesse dia o país não tenha atingido por algumas décimas os 85% de população vacinada com duas doses contra a covid-19.

"O Governo fixou o dia 1 de outubro. Não estamos nos 85% de vacinas, mas estamos praticamente nesse valor", afirmou António Costa.

Para o primeiro-ministro, não se justifica "haver novos adiamentos" neste processo de levantamento das restrições antes impostas por causa da pandemia da covid-19.

O Governo, segundo António Costa, "vai manter tudo como estava previsto para 1 de outubro, renovando o apelo às pessoas que já tomaram a primeira dose, mas que ainda não têm a segunda, para que a tomem.

"Tomem essa segunda dose, de forma a que se complete o plano de vacinação o mais rapidamente possível", acrescentou.

António Costa também afirmou que Portugal está preparado para executar qualquer decisão técnica e científica que seja tomada sobre uma eventual terceira dose da vacina contra a covid-19, mesmo que seja para abranger toda a população.

O primeiro-ministro referiu que o Governo aguarda as decisões que serão tomadas pela Direção Geral da Saúde e pela Autoridade Europeia do Medicamento (EMA) sobre a questão da terceira dose.

"Os portugueses podem ficar tranquilos: O que é possível neste momento fazer para que qualquer decisão seja possível está feito. Ou seja, o país tem toda a margem de liberdade para tomar a decisão que tecnicamente seja aconselhável tomar", disse.

De acordo com o líder do executivo, se a decisão técnica for a de vacinar, Portugal "tem já contratado um número de vacinas para vacinar toda a população com a terceira dose."

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