Sociedade
01 dezembro 2021 às 14h41

Mais 4670 infetados. Há dez meses que não havia tantos casos novos

Há mais 17 mortes por covid-19 no boletim desta quarta-feira. Há agora 841 pessoas internadas (mais oito do que na véspera), sem alteração do número dos que estão nos cuidados intensivos: 116.

DN

Portugal contabilizou, nas últimas 24 horas, 4670 novos diagnósticos de covid-19. Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde desta quarta-feira (1 de dezembro) há mais 17 mortes a registar associadas à infeção por SARS-CoV-2.

Há quase dez meses (desde 6 de fevereiro) que não havia tantos casos novos de covid-19 em Portugal. Tinha então havido registo de 6132 casos novos. Mas ao contrário de agora, quando há registo de 17 mortes, tinham então morrido 214 pessoas. Só na UCI estavam 891 pessoas, mais do que os que estão agora internados. Nos hospitais havia 6158 pessoas internadas com covid-19.

Os dados mostram ainda que há agora 841 internados (mais oito do que ontem), dos quais 116 estão em unidades de cuidados intensivos (os mesmos que na véspera).

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Desde o início da pandemia já foram confirmados 1 151 919 casos em Portugal e 18 458 mortes. No boletim desta quarta-feira há mais 2446 recuperados (no total são já 1 077 683), sendo que o número de casos ativos subiu 2207 para os 55 778 casos.

A incidência a nível nacional situa-se agora nos 349,8 casos por 100 000 habitantes, sendo que era de 325,9. No continente é de 351,4 casos (era 327,5).

Já o índice de transmissibilidade - o R(t) - está em 1,15 a nível nacional e 1,16 no continente, ligeiramente abaixo dos 1,17 e 1,18 do boletim anterior.

Em relação aos novos casos, é na região Norte que há mais (1438), seguida de perto por Lisboa e Vale do Tejo (1401) e pela região Centro (1231). No Algarve foram contabilizados mais 295 casos, no Alentejo 171, na Madeira 91 e nos Açores 43.

Quanto às 17 mortes no boletim desta quarta-feira, seis foram registadas na zona Centro, quatro na região de Lisboa e Vale do Rejo, três na Madeira, duas no Norte, e uma no Algarve e no Alentejo.

As mortes foram todas de doentes com mais de 50 anos: um na faixa etária dos 50 aos 59, um na dos 60 aos 69 anos, sete na dos 70 aos 79 anos e oito na dos mais de 80 anos.

Dados divulgados no dia em que Portugal voltou a entrar em situação de calamidade, e em que entram em vigor novas medidas de restrição. Desde esta quarta-feira o uso de máscara passa a ser novamente obrigatório em todos os espaços fechados.

O certificado digital volta a ser obrigatório no acesso a restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local, ginásios e eventos com lugares marcados.

Já o acesso a lares, estabelecimentos de saúde, grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passa a exigir a apresentação de teste negativo à covid-19, medida que se aplica a vacinados e não vacinados. Já esta quarta-feira a Direção-Geral da Saúde precisou que esta obrigatoriedade se aplica no acesso a eventos desportivos com assistência superior a 5000 espectadores, quando realizados ao ar livre, e a mil espectadores, em recinto fechado.

A DGS, na orientação publicada hoje, também explicitou que a permanência em bares e discotecas não implica o uso de máscaras pelos clientes.

A apresentação de um teste de diagnóstico com resultado negativo vai passar também a ser obrigatória a todos os passageiros que voem para Portugal.

O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que a variante Ómicron aparenta ser "mais transmissível, mas não necessariamente mais danosa para a saúde", apelando a que se tenha o "máximo de cautela possível" até que surja mais informação.

Questionado sobre a possibilidade de virem a ser adotadas medidas suplementares no Natal, como a proibição de circular entre concelhos que aconteceu há um ano, Costa lembrou que já todos sabem quais as medidas de prevenção a adotar para evitar o contágio, salientou que "os portugueses têm sido exemplares", mas admitiu: "Estamos sempre a tempo de adotar medidas se elas forem necessárias".

O primeiro-ministro defendeu que se devem "adotar as medidas necessárias o mais cedo possível e que perturbem o mínimo possível a vida das pessoas, o esforço de recuperação da economia, a proteção do emprego, das empresas". Considerou fundamental estarmos "sempre atentos para tomar uma medida caso ela seja necessária". "O que é que desejamos? Que ela não seja necessária. O que é que devemos ter presente? Se ela for necessária, cá estamos para adotar as medidas", disse.