Sociedade
31 julho 2021 às 12h46

Mais 236 crianças até aos nove anos infetadas em dia com 2590 casos

Morreram mais 17 pessoas de covid-19 nas últimas 24 horas. Portugal tem hoje menos 29 internados e menos 4 em Unidades de Cuidados Intensivos do que na véspera.

Portugal registou mais 2590 casos e 17 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste sábado (31 de julho). É o pior dia da semana em vítimas mortais, sendo que dez das 17 vítimas mortais foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo. Morreram ainda quatro pessoas na região Norte, duas no Algarve e uma na região Centro. A vítima mais nova tinha entre 40 e 49 anos, sendo que dez dos óbitos foram na faixa etária acima dos 80 anos.

As hospitalizações desceram ligeiramente em relação ao reportado na sexta-feira. Há hoje menos 29 internados e menos 4 em Unidades de Cuidados Intensivos do que na véspera. No total ainda estão no hospital 895 doentes com covid-19, 195 das quais em UCI.

Entre os novos casos, quase metade (1270) foi registada em pessoas abaixo dos 30 anos: 566 na faixa etária dos 20 aos 29 anos, 468 nos 10-19 anos e ainda 236 crianças até aos nove anos. Em termos de distribuição geográfica, a maioria (959 casos) são na região capital e 923 a Norte. O Algarve reportou mais 313 infetados, seguindo-se o Centro com mais 255, o Alentejo com mais 61.

No País há agora 49 256 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2, menos 1555 do que na véspera. E mais 4128 pessoas foram dadas como recuperadas da infeção. Em vigilância continuam 77 455 pessoas, menos 1282 do que na sexta-feira.

Números da realidade da pandemia em Portugal a um dia da abertura completa do País. O Governo definiu as três fases para a reabertura completa do País. Assim, a partir de dia amanhã (1 de agosto), o teletrabalho deixa de ser obrigatório e deixa de haver dever de recolhimento. Em setembro, o uso de máscara na rua deixa de ser obrigatório e em outubro abrem os bares e as discotecas.

As pessoas vacinadas podem ser portadoras da mesma quantidade de vírus que as não vacinadas, segundo as conclusões de um estudo sobre um surto de casos de infeção com o novo coronavírus no Estado do Massachusetts, nos EUA.

Esta investigação foi decisiva na decisão dos Centros de Controlo e Prevenção de Doença (CDC, na sigla em Inglês) de recomendar às pessoas vacinadas que voltem a usar máscara em espaços fechados, nas zonas dos EUA onde a variante delta está a alimentar uma subida das infeções.

A Madeira já tem mais de metade da população adulta residente no arquipélago inoculada com a segunda dose da vacina contra a covid-19 e avançou hoje com a vacinação de jovens entre os 12 e os 17 anos, "usando as vacinas que são recomendadas pela Agência Europeia do Medicamento, que são a Johnson e a Pfizer", segundo o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos.

Fonte do Governo Regional esclareceu que a região segue as diretivas da Agência Europeia do Medicamento e tem autonomia para antecipar a vacinação dos jovens com mais de 12 anos, mesmo sem o parecer da Direção-Geral da Saúde, que na sexta-feira recomendou a vacinação apenas em casos específicos.

"A DGS recomenda a vacinação prioritária dos adolescentes entre os 12 e os 15 anos de idade com comorbilidades associadas a doença grave", anunciou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, no seguimento de um parecer da Comissão Técnica de Vacinação Covid-19.