O bastonário Miguel Guimarães já o disse. "Não há falta de médicos no país. Há no SNS". De acordo com os dados de que a Ordem dispõe, dos médicos com menos de 70 anos, 40% a 50% trabalham fora do SNS; no caso da ginecologia-obstetrícia, esta percentagem é da ordem dos 50%. E a crise na saúde começou precisamente com a falta de médicos nesta especialidade para assegurar as escalas de urgência em junho. Mas o problema deverá prolongar-se durante o verão, devido às férias dos profissionais. Mas há outras áreas afetadas, anestesia, pediatria e cirurgia. Neste último mês, também foram vários os hospitais atingidos de Norte a Sul do país pela falta de médicos e que tiveram de encerrar os seus serviços de urgência de algumas áreas. As unidades da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo têm sido das mais afetadas, como os hospitais de Almada, Loures, Amadora-Sintra, Barreiro-Montijo, Setúbal, Santarém, mas também já foram notícia Aveiro, Braga, Portalegre, Portimão e Baixo Vouga.