Ao início da noite, já metade das oito entradas do Santuário tinham fechado, por atingir a lotação máxima. Por volta das 20h30, o Santuário deu como esgotada a lotação prevista. José Baptista, um dos peregrinos que o DN acompanhou durante o dia de ontem, foi dos últimos a entrar pela porta 2. Ele e o grupo de amigos vindos do Porto. Pouco antes entrava pela porta 3 um grupo de 11 seminaristas, acompanhado de dois padres. Demoraram sete dias a fazer o percurso entre o Seminário de São José de Caparide, no Estoril, até à Cova da Iria. O padre Filipe Santos contava ao DN da importância que tem Nossa Senhora no percurso dos jovens seminaristas, todos no ano propedêutico. E do significando de uma peregrinação, como a fazem, dormindo nas paróquias, pelo caminho. A observar o grupo - que dá nas vistas, ajoelhado frente à imagem de Nossa Senhora - está Jorge Oliveira, 58 anos, natural e Valbom, Gondomar. Segura na mão quatro velas maiores que ele, e outras mais pequenas. "É uma por cada um de nós, lá de casa, outra pelo meu neto, e ainda estas pequeninas pelos amigos que não puderam vir". Habitualmente era ele que organizava o grupo de 40 pessoas e a peregrinação, mas a pandemia voltou a deixá-los no norte. Só ele acabou por vir, sozinho.