Sociedade
30 março 2023 às 11h12

Ativistas climáticos que interromperam Electric Summit da Galp constituídos arguidos

Segundo os ativistas, o governo e as empresas de combustíveis fósseis estão a desobedecer às leis da Natureza e da Humanidade, levando ao colapso climático.

DN

Os ativistas que interromperam o discurso do ministro do Ambiente na "Electric Summit" estão a ser constituídos arguidos com acusação de desobediência.

Os ativistas denunciam o governo e as empresas pelo crime de desobediência às leis da Natureza e da Humanidade, convocando uma ação de bloqueio no terminal de GNL em Sines no dia 13 de maio. "Eles nunca pararam. Eles não vão parar. Cabe-nos pará-los. Convocamos todas as pessoas preocupadas com a crise climática ao porto de Sines, no dia 13 de maio, para parar o gás."

Sem aceitar a suspensão provisória do processo e constituídos arguidos, os ativistas afirmam estar disponíveis para debater o papel do governo e das empresas no âmbito do colapso climático.

Em junho de 2022, os jornais do grupo Cofina e a Galp organizaram a "Electric Summit", uma conferência com a presença do Ministro do Ambiente e Ação Climática Duarte Cordeiro, o Secretário do Estado de Ambiente e Energia João Galamba, o CEO da Galp Andy Brown, o CEO da Savannah Resources David Archer e o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas.

No âmbito da campanha "Gás é Andar para Trás", os ativistas pela justiça climática interromperam a intervenção inicial do ministro do Ambiente, denunciando os planos dos políticos e das empresas para aumentar os combustíveis dóceis na economia portuguesa e levar o planeta ao caos climático.

A interrogação terá lugar esta quinta-feira no Campus de Justiça, Edifício C. os ativistas mostram-se dispostos a prestar declarações, embora sem nenhuma concentração agendada.