Jorge Seguro Sanches : Pedro Nuno ou Medina? "PS. Mais do que um partido de individualidades, este é um partido de valores"

10 perguntas à queima-roupa, 10 respostas na ponta da língua. Nesta rubrica, o DN desafia personalidades a comentar assuntos quentes do país e do verão. Hoje é a vez de Jorge Seguro Sanches, deputado do PS, antigo secretário de Estado da Defesa, que foi eleito para presidente da Comissão de Inquérito à TAP.
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Maioria absoluta?
Responsabilidade absoluta na governação e no diálogo. A atual maioria do PS é uma vantagem para que o país possa, de uma forma planeada e firme, executar um programa eleitoral de crescimento económico e de aumento dos rendimentos das famílias. Em tempos de incertezas internacionais, esta é uma vantagem que os portugueses souberam construir para esta legislatura. Comparemos com outros países onde o quadro político é tão incerto que nem se consegue identificar uma maioria clara para formar Governo.

Pedofilia?
Execrável, inimaginável.

Igreja?
Respeito. A Igreja é um dos pilares dos valores humanistas em Portugal e no mundo. Acredito que a recente Jornada Mundial da Juventude em Lisboa foi um contributo para que a Igreja em Portugal reforce a sua modernidade e transparência junto dos católicos portugueses.

Papa Francisco?
O Papa Francisco inspira-nos pelo seu exemplo de simplicidade. É igualmente um exemplo de bondade e de sabedoria. A sua recente expressão, em Lisboa, de que "a única situação em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo é para ajudá-la a levantar-se", demonstra bem o valor inspirador deste Papa, que defende verdadeiramente os valores mais genuínos do Cristianismo. É igualmente o Papa que, nos dias de hoje, é uma voz de alerta para as alterações climáticas, pela integração de todos e contra a exclusão.

Habitação?
O acesso à habitação, um direito constitucional consagrado pelo Portugal democrático, é uma das principais dificuldades da vida dos portugueses, em especial dos mais jovens, que procuram a primeira habitação. Entendo que o Estado, nomeadamente através do seu imenso parque imobiliário, deve assumir um papel regulatório decisivo nas políticas de habitação.

Inflação?
Apesar de parecer que o pior já passou, vai obrigar o país a olhar com muita atenção para a política de rendimentos das famílias. Esse desafio, o da política e rendimentos, em conjunto com o da habitação, é decisivo para a fixação dos nossos jovens qualificados e para a sustentabilidade e coesão do nosso país.

TAP?
Uma empresa que é um valor do país e onde milhares de trabalhadores dão o seu melhor pelo seu sucesso. Hoje, felizmente, é uma empresa pacificada que tem todas as condições para se continuar a afirmar como estratégica levando, a todo o mundo, o nome de Portugal e servindo os portugueses e a economia nacional.

Pedro Nuno ou Medina?
PS. Eles são dois dos bons quadros o PS que, mais do que um partido de individualidades, é o partido os valores humanistas em Portugal. Essa característica faz (sempre fez) parte do ADN do PS.

Crise?
Dificuldade. E as dificuldades, sejam elas quais forem, são para ser ultrapassadas.

Portugal 2030?
As atuais gerações têm uma obrigação moral de deixar um país melhor do que aquele que nos foi deixado pelos nossos pais. Se há áreas onde esse objetivo parece perdido, como no ambiente, há muitas outras onde temos uma boa oportunidade de definir como desígnios para 2030. Exemplo? Acelerarmos o crescimento económico para que sejamos o país de escolha dos nossos jovens, que aqui querem construir a sua vida e as suas carreiras. Esse é um desafio essencial para que Portugal não venha a ser, no futuro, um país de idosos e deserto fora das grandes cidades.

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