Na guerra aos lobos não há vencedores
Em Covas do Monte, aldeia de São Pedro do Sul, trava-se o mais ancestral dos combates: os lobos andam a atacar os rebanhos e os pastores querem dar cabo deles. A verdade é que há cada vez menos homens na serra e cada vez menos lobos no monte. História de uma batalha entre dois exércitos decadentes.
Dificilmente haverá em Portugal serra mais escarpada do que a de São Macário. Do alto dos seus mil metros, as cumeadas precipitam-se a pique em direção aos vales dos rios Paiva, Paivó, Sul e Vouga. Na base de uma dessas elevações fica Covas do Monte, uma aldeia com 48 habitantes e mil cabras. É a povoação do país com maior rácio de cabeças de gado per capita - são mais de vinte caprinos por pessoa. A poucos quilómetros, vive a mais ameaçada das alcateias do país. Os lobos de São Macário estão tão isolados que a sua diversidade genética é praticamente nula. Todos os animais nascem, vivem e morrem naquele vale. Estão cercados pelo Douro, pela A25 e pela A24. Não têm para onde fugir.
O presidente da câmara de São Pedro do Sul, António Carlos Figueiredo, lançou um alerta na semana passada. Os lobos têm andado a matar o gado, em média vinte cabras por mês. «Pedi ao secretário de Estado da Agricultura que tomasse medidas urgentes. As pessoas estão a acumular prejuízos e a alcateia tem de ser retirada ou, pelo menos, circunscrita. É importante atuar de imediato, porque um produtor que desiste já não volta. Quando o último desistir, a aldeia está condenada a desaparecer.»
A guerra entre pastores e lobos, bem vistas as coisas, é velha de séculos. Existe desde que o homem se sedentarizou, e isso aconteceu no Neolítico. Por mais anos que passem, ou por menos soldados que se contem, é sempre um combate de morte. «O povo anda revoltado, não há de tardar a juntar-se para dar uma coça aos lobos», avisa Carlos Sousa, pároco das freguesias da serra. O maior predador do país está em vias de extinção, e matá-lo é crime. «Mas as pessoas aqui vivem das reformas miseráveis e do gado. Vão subtraindo, subtraindo, até não poderem subtrair mais. Se o Estado nada faz por elas, elas têm de se mexer sozinhas.»
Na televisão, os habitantes de Covas do Monte acusaram as autoridades de reintroduzirem na serra animais criados em cativeiro. E explicam as coisas assim: há três anos, havia 2500 cabras na aldeia, mais 1500 do que hoje. «Não andamos nem nunca andámos a largar lobos», responde perentoriamente Anabela Isidoro, porta-voz do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Francisco Álvares é uma das maiores autoridades nacionais em lobo ibérico. O biólogo passou dez anos a estudar o predador e conhece bem a população de predadores de São Macário. «O local de pasto deste rebanho fica mesmo no centro de atividade da alcateia. As cabras andam muitas vezes desprotegidas, com poucos pastores e poucos cães de gado. É por isso que os ataques são tão frequentes. A ideia de haver pessoas a soltar lobos na serra é completamente falsa.»
Ao crepúsculo, Covas do Monte é um espetáculo digno de se ver. No mesmo minuto em que o céu se incendeia, as cabras invadem as ruas de xisto e dirigem-se aos seus currais. O pastor segue à frente, a passo ligeiro, e Max, um castro-laboreiro de pelagem preta, fecha o cortejo. As velhas abrem as portas do gradil e convocam os cabritos mais novos com gritos agudos: «Anda cá chiba, chiba, chibita.» É também a essa hora que o povo se reúne em lamento - têm sido raros os dias em que o rebanho retorna intacto.
Hoje calhou azar ao Manuel Pereira, menos duas cabeças ao efetivo. Ainda protesta com o pastor, então não viu o lobo de roda do gado? Os vizinhos de Covas do Monte organizaram um rebanho comunitário. Há sete famílias e cada casa leva à vez as cabras para o pasto. Durante semanas, as discussões eram constantes, com uns a acusarem os outros de só olharem para os seus bichos, de não quererem saber do resto. Mas já todos perderam animais no seu turno. O mal tocou a todos e já ninguém atira pedras aos demais.
Manuel encolhe os ombros, «seja o que Deus quiser». Mas depois dá por si a jurar vingança: «Também não se podem matar touros na arena e os de Barrancos matam.» Senta-se à conversa com João de Almeida, o Mata-Lobos. O homem tem o rosto mal escanhoado, um cajado que lhe serve de bengala e uma provocação para o amigo. «Eu matei dez lobos quando era mais novo. Agora tens de ser tu a apanhá-los. Antes do nascer do Sol, os bichos vão sempre beber água ao ribeiro. Penduras-te numa ramada, esperas com a caçadeira e dás-lhes chumbo. Se estiver uma cria, agarra-la pela cauda e bates-lhe com a cabeça numa fraga, que logo dás conta dela. Era um favor que fazias a toda a gente. Este bicho é o demónio.»
Da derrota dos pastores
A lei do lobo, decretada em 1988, prevê indemnizações para os pastores que percam cabeças de gado, pagas a sessenta dias e ao valor do mercado. «Já estive mais de três anos à espera de um pagamento, estão sempre a atrasar-se», e Odete Figueiredo é toda revolta, porque ainda ontem lhe desapareceram três cabras. Do ICNF, a versão é a contrária: «O pagamento de indemnizações está em dia, temos tudo acertado até ao segundo trimestre de 2012», retorque Anabela Isidoro. Odete vasculha as gavetas de casa, encontra um papel de registo de uma cabra morta, assinada pelos técnicos do ICNF a 25 de abril deste ano. «Olhe, tenho aqui a prova, ainda não vi um tostão, e já passaram mais de seis meses.» Lança uma pergunta: «Porque é que eu hei de cumprir a lei se o Estado não a cumpre?»
Este ano, o ICNF contabilizou 15 ataques de lobo ao rebanho de Covas do Monte. Em 2011, apenas foi contabilizada a morte de uma cabra. O aumento é brutal, mas os populares dizem que isso nem sequer é representativo dos reais estragos no terreno. «A única maneira de recebermos dinheiro é guardarmos os cadáveres e chamarmos os técnicos para eles avaliarem se foi ou não foi lobo», diz João Pedro Figueiredo, que hoje anda a pastar as cabras da aldeia - mil cabeças espalhadas pelo monte e ele sozinho a tentar ter olhos para tudo. «Mas se nos atacam a cabra à sexta-feira temos de esperar por segunda para telefonar, e depois demoram mais três dias a vir cá ver os corpos. Entretanto, passa quase uma semana. A gente tenta botar-lhes umas pedras por cima, ou atirá-las para os ramos das árvores. Mas depois os lobos não as conseguem apanhar e toca de se porem a caçar mais rês.»
Maria Gomes Figueiredo, 77 anos, já desistiu há uns anos de telefonar para as autoridades de conservação da natureza. Está à porta do curral com uma cabra que lhe chegou mordida. Pega-lhe ao colo e mostra o buraco no pescoço do animal. «Esta safou-se, vamos ver se aguenta, coitadinha.» Tem 77 anos e, não raras vezes, é ela que leva o rebanho para o pasto. «Mas já viu como estes montes são afiados? Eu não posso subir para andar à procura das cabras que me desaparecem. Sou velha, os pastores são todos velhos.»
Não é bem assim. Filipe Cruz tem 34 anos, é o agricultor mais jovem de Covas do Monte. Tem um filho de 3 anos, José Pedro, a única criança da aldeia. Os pais, José e Emília Cruz, andaram imigrados por França, mas voltaram à terra nos anos oitenta, quando o país parecia estar no rumo do progresso. Se o arrependimento matasse... «Por cada dez cabras mortas, recebemos a indemnização de uma. E agora nem isso, porque o ICNF impôs regras que são pura e simplesmente impossíveis de cumprir.»
Foi em 2010 que os pastores de Covas do Monte receberam uma carta registada em casa. Um aviso de que as regras iam ser cumpridas à risca: não só continuaria a ser necessário fazer prova dos cadáveres como as compensações não seriam pagas se não existisse um cão de gado por cada cinquenta cabras. «Para já, temos de ver que a maioria das pessoas não sabe ler e não percebe bem as exigências que são feitas. Depois, na altura o rebanho tinha cerca de duas mil cabras, precisávamos de quarenta cães de grande porte. Mesmo hoje precisaríamos de vinte, e não íamos ter capacidade para os alimentar.» José, o pai de Filipe, interrompe a conversa. «Com uma vintena de cães iguais ao Max eram eles que iam passar a comer-nos as cabras.»
O Grupo Lobo, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, desenvolve desde 1997 um programa de introdução de cães de gado nos rebanhos que pastam nos territórios do lobo ibérico. Já distribuíram mais de trezentos animais pelo país, com taxas de sucesso elevadas. Max, o castro-laboreiro de Covas do Monte, é um deles. «Em regra, a mortalidade no gado desce até 75 por cento. Nalguns casos, pode mesmo chegar a cem por cento», diz Sílvia Ribeiro, a coordenadora do projeto. «O problema é que temos uma elevada taxa de mortalidade, na ordem dos quarenta por cento. Quatro cães foram mortos por lobos, a maioria foi envenenada ou atropelada.»
Até 2012, os cães eram oferecidos aos pastores. E, durante dois anos, as despesas veterinárias e de alimentação estavam a cargo do Grupo Lobo. A austeridade orçamental fez que este período se reduzisse a seis meses. «Os cães não são uma solução total, porque um cão - mesmo um castro-laboreiro ou um serra-da-estrela - nada faz contra três lobos. Mas são uma boa medida para ajudar a resolver o problema.» Não podem atacar o gado? «Em trezentos animais que distribuímos, só dois revelaram esse comportamento.»
Para o presidente da autarquia, a crise económica vai agudizar as restrições e os atrasos no pagamento de indemnizações aos pastores. «O meu receio é que o orçamento do ICNF esteja apenas a servir para pagar os ordenados dos funcionários e as despesas correntes do instituto», diz António Carlos Figueiredo. «Mas é preciso dinheiro para que esses técnicos apliquem de facto programas de conservação da natureza, caso contrário está a sustentar-se uma máquina que não produz.»
As notícias da mortalidade do gado continuam a chegar a Covas do Monte. Os biólogos dizem que é impossível os lobos terem dado cabo das 1500 cabeças que o rebanho perdeu nos últimos anos. Explicam que o declínio também se deve à falta de pastores, aos que morrem e não são substituídos. O ICNF diz que tem de fazer prova dos ataques de lobo, tem de ver para pagar. «Mas nós não queremos as indemnizações para nada», diz Filipe Cruz. «Mesmo que nos pagassem todas as cabras que desaparecem, não há valor que reponha os cabritos que não nasceram e o leite que deixa de ser ordenhado.» Cada vez mais, diz ele, as pessoas falam em desistir. «Só há uma solução para isto. É mandar o lobo para bem longe daqui.»
Da derrota dos lobos
Existem trezentos lobos em Portugal, um total de 65 alcateias. Destas, apenas seis vivem a sul do Douro e a da serra de São Macário é a mais ameaçada, está muito perto da costa e por isso sujeita a uma tremenda pressão humana. Sara Roque, bióloga, segue-lhe os passos desde 2001. Trabalha com o Grupo Lobo e, durante mais de uma década, monitorizou a vida deste grupo de predadores. Não dá a cara, mas fala: «Eu hei de continuar a trabalhar com estes animais e hei de continuar a ir para o terreno. Se os pastores reconhecerem o meu rosto numa revista, vão ver-me à partida como um inimigo e isso vai condicionar o meu trabalho.»
Nos estudos que realizou, Sara encontrou alguns dados preocupantes. «É uma alcateia com muito pouca diversidade genética, ou seja, todos os animais pertencem à mesma família. Nos casos de consanguinidade, a reprodução é baixa e a mortalidade é elevada, porque estes indivíduos têm muito menor resistência a doenças. Tenho sérias dúvidas de que esta população de lobos sobreviva à próxima década.» Ainda mais porque a pressão é alta, e vem de todos os lados: «Não são só os riscos de mortalidade que estão a apertar o cerco, é também a diminuição do número de presas e a falta de habitat.»
Uma alcateia ocupa em regra um território de 150 quilómetros quadrados. Pode caçar em toda essa área, mas o local de criação e reprodução fica invariavelmente num lugar central, abrigado, com vegetação abundante e capacidade de observação das redondezas. Às vezes, os lobos ocupam tocas de texugos para fazerem o covil. Noutros casos, tomam conta de grutas com entradas discretas e câmaras largas. Na maioria das vezes, é a própria alcateia a escavar o terreno. Uma câmara de entrada, um pequeno corredor e outra câmara interior, quente e protegida, que serve de residência à mãe e às crias.
Uma alcateia costuma ter quatro ou cinco covis no seu espaço territorial. Um é usado para a criação, os restantes chamam-se rendez-vous e são locais de encontro do grupo. Os lobos de São Macário não têm mais de dois covis, e ambos são perigosamente próximos da população humana. «É a única alcateia que conheço que usa as estradas de alcatrão como se fossem trilhos, o que pressupõe que estão muito expostos», avança Sara Roque. «Como se não bastassem os problemas genéticos, são mais vulneráveis a atropelamentos, envenenamentos e armadilhas.»
Nos últimos anos, os lobos de São Macário viram-se cercados como nunca antes haviam sido. Um incêndio em 2010 destruiu a maior parte da serra, reduzindo ainda mais as escassas zonas de conforto do Canis lupus signatus, nome científico da vertente ibérica. Entre 2007 e 2009, cinco parques eólicos foram construídos nas cumeadas que o lobo costumava ocupar. Abriram-se novas estradas, limparam-se os matos, os trilhos que poucos se aventuravam a fazer a pé são agora acessíveis aos automóveis. E o lobo cada vez mais acossado, empurrado para um canto.
«Tendo em conta as condições precárias, fico surpreendida pela taxa de reprodução, que é na ordem dos cinquenta por cento», continua a bióloga. Ou seja, em média, a alcateia conseguiu ter crias ano sim, ano não. Agora fala Francisco Álvares, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, a entidade responsável pela monitorização deste grupo nos últimos anos. «No limite máximo, detetámos sete lobos no inverno de 2009, foi a última vez que houve procriação. Na primavera seguinte, só encontrámos vestígios de três ou quatro indivíduos. É um grupo reduzido e não tem capacidade para matar 1500 cabras, como tem sido dito.»
Para decifrar a população da alcateia, os biólogos usam métodos que podem ir da análise de dejetos à instalação de colares GPS para acompanhamento contínuo dos animais. No caso destes lobos, foram feitas filmagens junto ao covil - o que permitiu fotografar uma fêmea. Há outra técnica, e essa é de arrepiar: o uivo. Os biólogos só o fazem à hora certa, e com condições meteorológicas favoráveis. As respostas permitem avaliar com um mínimo de rigor o número de crias desse ano. Estar numa serra à noite, ver um cientista juntar as mãos em concha junto à boca e ouvir-lhe o uivo é uma sensação forte. Quando os lobos respondem e uma pessoa percebe que está rodeada de predadores que não vê, então a sensação é avassaladora, um misto de fascínio e medo.
Sara Roque e Francisco Álvares deixaram de acompanhar os lobos de São Macário no início deste ano, que é precisamente quando os pastores alegam terem registado um aumento brutal de ataques. A instituição que os vigia chama-se Associação para a Conservação do Habitat do Lobo Ibérico. A ACHLI é financiada pelos parques eólicos e os estudos de conservação da espécie servem de medida de compensação pelo impacte ambiental da implantação das turbinas. Carlos Sousa, da Universidade de Aveiro, comanda agora as investigações. Tanto ele como os outros dois biólogos admitem que este possa ter sido, finalmente, um bom ano de reprodução.
Vários pastores garantem ter visto lobitos no monte. E os uivos humanos têm tido respostas dos juvenis. «Isso pode ajudar a explicar um aumento dos ataques», explica Sara. O cio das lobas ocorre nos últimos dias de janeiro e o parto em finais de maio. Nos meses de verão, toda a alcateia caça para alimentar a progenitora, que garante a amamentação. A partir do final de outubro, os mais novos deixam a toca e começam a aprender a caçar. «Ainda estão muito descontrolados, e são capazes de morder qualquer rês que se lhes atravesse à frente, afinal estão em aprendizagem.»
Em Covas do Monte contam-se histórias de cabras perdidas, mas também de muitas que voltam a casa com mordidelas. As hipóteses de serem os mais novos a infligirem tais ferimentos parecem mais do que uma probabilidade. Até porque a espécie tem técnicas de caça elaboradas, quando ataca é para matar. Se o alvo são cabras, um lobo pode investir sozinho. Para dar cabo de um javali, uma vaca ou um cavalo, já o grupo tem de agir em conjunto. E aí são o macho e a fêmea reprodutora que ditam as leis.
Os líderes da alcateia são os únicos que se reproduzem e, na serra de São Macário, há uma loba a cumprir essa função há mais de quatro anos. «É saudável que haja rotatividade de papéis, significa que a alcateia se renova. Mas não é o que acontece ali», volta a bióloga do Grupo Lobo. Por isso mesmo, o nascimento de novas crias é uma lufada de ar fresco. São os progenitores que ensinam os mais novos a caçar. Os dominantes reconhecem-se pela cauda levantada, os submissos andam com a cauda entre as patas. Ao sinal de ataque, os lobos partem para uma vítima específica. Se for um cavalo atacam de frente, para um boi a aproximação é feita por trás. O objetivo é romper a jugular da presa. Já quando começam a comer, fazem-no pelo ventre, onde a pele é mais fácil de furar.
O lobo ibérico não é tão corpulento quanto os seus parentes do Norte da Europa ou da América. Mas tem um ar mais ameaçador, devido à máscara branca que lhe envolve o focinho e aos olhos oblíquos, cor de avelã. O nome signatus deriva dos riscos - signa, em latim - negros das patas. Em Portugal, o gado sempre foi a vítima mais frequente das alcateias, até porque as presas silvestres são escassas. Mas nas zonas onde há corços e garranos selvagens, os predadores perseguem-nos e dão tréguas aos pastores. Em Covas do Monte, e nos montes escarpados da serra, esses recursos são parcos.
Houve uma tentativa de introdução de corços na região nos anos noventa, mas não existiu qualquer acompanhamento - e o animal desapareceu para outras paragens. Agora o ACHLI prepara-se para voltar à carga. «Temos o plano de introduzir cinquenta corços em São Macário no início do próximo ano», disse Carlos Sousa, em primeira mão, à Notícias Magazine. Por enquanto, foi construído um cercado e trazido um casal de herbívoros, que já se reproduziu. A alcateia em questão precisa de tempo para se habituar a uma nova presa. Mas a verdade é que esta última batalha, e todo o ruído que se gerou em torno de lobos e pastores de Covas do Monte, pode ter salvo dois exércitos decadentes de uma morte certa.