Vivem sem água e com luz ilegal

Ao mesmo ritmo que os anos iam passando, também o número de pessoas a viver no acampamento de Paredes foi crescendo e, actualmente, as duas famílias iniciais transformaram-se em 20, num total de mais de cem membros. Mas todos estão instalados em precárias condições de (sobre)vivência. Desde logo, caminhos de terra batida, atravessados de quando em vez por gatos ou cães com ar pouco saudável, são o único trajecto para dezenas de barracos prefabricados construídos com placas de madeira e cobertos com chapas.

São nesses locais, a que todos chamam barracas em vez de casas, que vivem, na maioria das vezes, agregados familiares com sete, oito, nove ou mais pessoas, que se distribuem por uma única divisão ampla que funciona como cozinha, sala de estar e de quarto. Casos de banho não existem, até porque a água vem, ao balde, da fonte pública situada à entrada do acampamento ou de uma mina que existe no local.

Já a luz existe, mas retirada de forma ilegal dos postos da EDP próximos. Foi esta a forma encontrada pelos membros desta etnia para poderem ter frigoríficos, televisões e outros electrodomésticos. A electricidade subtraída à rede pública serve ainda para pôr a funcionar um ventilador utilizado por uma menina de 12 anos com problemas respiratórios e que todos os dias é transportada à escola por uma viatura da Câmara de Paredes.

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