Uma centena de inspetores da ASAE marcham em Lisboa

Mais de uma centena de inspetores da ASAE protestam hoje em Lisboa contra os cortes nos salários, a falta de efetivos e por um estatuto profissional.

Os manifestantes, que vieram de todo o país, estão hoje à tarde a desfilar entre os ministérios das Finanças (Avenida Infante D. Henrique, próximo da Praça do Comércio) e da Economia (na Rua da Horta Seca, junto ao Príncipe Real) onde vão entregar um caderno reivindicativo com as principais exigências, como um estatuto profissional, a regulamentação da carreira e mais efetivos.

Empunhando bandeiras azuis e brancas da Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASS-ASAE), os manifestantes buzinam e gritam palavras de ordem como "Governo escuta, a ASAE está em luta", "A carreira é um direito, sem estatuto nada feito" ou "Para a banca dão milhões, para a segurança dão tostões".

O presidente da associação sindical, Albuquerque do Amaral, disse à agência Lusa que há "grande desmotivação" dos inspetores devido aos cortes salariais, adiantando que há trabalhadores na ASAE que têm ordenados médios entre 750 e 800 euros.

Sobre a falta de efetivos, Albuquerque do Amaral, afirmou que existem para todo o país 238 inspetores, tendo "toda a atividade económica à sua responsabilidade".

Outro dos motivos do descontentamento é a ausência de um estatuto profissional, documento que os inspetores reclamam desde 2006, quando foi criada a ASAE.

Albuquerque do Amaral lembrou que a "ASAE é o único órgão de polícia criminal que não possui um estatuto próprio".

Os inspetores da ASAE cumprem também hoje um dia de greve.

Segundo o sindicato, que representa 204 associados dos 238 inspetores da ASAE, a greve afeta toda a atividade operacional da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, como operações de fiscalização, diligências processuais e inspeções baseadas em denúncias, além de ações de formação que estão a decorrer

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