"Ter o PS num governo de bloco central não se colocou nem se coloca"
Entrevista a José Matos Correia. Dirigente do PSD que elaborou o acordo político de governo diz que não há lugar para o PS no executivo. Com vídeo.
Nas negociações que vão acontecer entre a coligação e o PS, admite, que venha a ser constituído um governo de bloco central?
Apresentamos aos eleitores, em coligação, uma proposta clara. E portanto, não tendo ganho as eleições [em maioria absoluta] foi também claramente assumido que procuraremos no PS um espírito de negociação, de abertura, de diálogo, de compromisso para encontrar as soluções de estabilidade que o país precisa. Mas nós não nos apresentámos ao eleitorado qualquer proposta de alargar a área governativa a outros partidos. Se o fizéssemos estaríamos a defraudar os eleitores.
Essa hipótese de ter o PS num governo de bloco central não vai ser mesmo equacionada?
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Essa hipótese nunca foi colocada por nós na campanha eleitoral. Não se colocou, nem se coloca.
As palavras do Presidente, sobre a necessidade de entendimento para a formação do governo, não foram uma espécie de pressão para que isso aconteça?
O Presidente quis dizer é uma coisa com a qual não poderíamos deixar de estar de acordo: o país precisa de estabilidade, de uma solução governativa que garanta que o caminho que vimos seguindo da retoma do crescimento, da criação de emprego, do combate às desigualdades possa ser prosseguido. E é nesse sentido que trabalharemos, não dou outra interpretação às palavras do Presidente.
O PS vem aqui à sede do PSD [hoje] e vai estar ou não sobre a mesa a hipótese de o PS, ou algum independente da área socialista, participar em pastas governativas?
Não pomos de parte a possibilidade de dialogar com as outras forças políticas relativamente a dossiers que são importantes para o país. Agora não confundimos o diálogo que é preciso para haver uma solução estável com qualquer solução que envolva um alargamento da coligação a outras forças políticas.
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