Burlas feitas por mulher rendem milhares de euros

 Mulher 'alugou' moradias e apartamentos para o 'réveillon' que não existiam. Antes fez negócios fraudulentos com computadores

A mulher que burlou pelo menos cerca de cem jovens - na sua maioria estudantes e residentes em várias zonas do País com falso aluguer, por preços baratos, de apartamentos e vivendas no concelho de Albufeira para a passagem-de-ano através de anúncios com fotos na Interne -, já terá utilizado o mesmo esquema para 'vender' computadores portáteis, apurou ontem DN.

Um dos lesados, que na altura vivia na zona de Lisboa, onde apresentou queixa na PSP, deu mais de cem euros de sinal pela aquisição de um aparelho que nunca chegou a receber.

Relativamente às burlas com apartamentos e vivendas, a GNR já recebeu 11 queixas, quatro das quais apresentadas no posto de Albufeira, seis no de Olhos d´Água e uma em São Brás de Alportel, confirmou, ao DN, o major Victor Calado, daquela força de segurança no Algarve.

O caso vai ser enviado ao Ministério Público, após o que terá início o inquérito com as respectivas investigações. Por se tratar de um crime informático, deverá transitar para a Polícia Judiciária. Até cinco anos de cadeia é a moldura penal prevista para um crime de burla qualificada.

"Na sequência de uma pesquisa na Internet à procura de casa em Albufeira para a passagem de ano, decidimos alugar um T2 na zona da Bela Vista, que estava disponível num anúncio com fotos do prédio e respectiva morada. Em Outubro/Novembro, pagámos cem euros, ou seja metade do preço estipulado, por transferência bancária para a Caixa de Crédito Agrícola de Pombal, conforme indicações da alegada dona do apartamento, através dos contactos estabelecidos por telemóvel. Os restantes cem euros seriam pagos aquando da ocupação do apartamento no fim-de-semana.

"Na semana passada, tentei falar com ela e com a filha, mas já não consegui e os e-mails que enviei ficaram sem resposta", contou ao DN, Cintra Silva, de 25 anos, morador em Pombal, de onde viajou com dez pessoas, entre amigos e familiares. Ao perceber o logro em que tinha caído, restou-lhe recorrer a uma empresa em Albufeira para alugar um apartamento.

Noutros casos, os jovens pagaram 75 euros/ noite por uma moradia inexistente em Montechoro.

A burlona, que recebia o dinheiro por transferência bancária através da Caixa de Crédito Agrícola de Pombal, está incontactável, uma vez que tudo o que se sabe dela é um número telefónico, agora desligado.

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