Subida geral das médias para Medicina

Aumento gradual do número de vagas não  impede concorrência. Este ano, o último colocado no Porto tinha média de 18,52

As médias de Medicina voltaram este ano a subir na generalidade das instituições de ensino superior, com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto a registar a nota mais alta do último colocado: 18,52 valores, mais 13 décimas do que em 2009. Foram colocados 1518 alunos na 1.ª fase.

No conjunto das nove faculdades de Medicina do País, as notas de entrada mais baixas aconteceram nos Açores e na Madeira, que oferecem ciclos básicos de Medicina: 17,82 valores. Esta última foi de resto a única a baixar - ainda que só um centésimo - face às médias do ano passado. Abaixo dos 18 valores ficaram ainda a Universidade Nova de Lisboa, com 17,93 de nota mínima, e a Universidade da Beira Interior.

A restantes tiveram variações na casa das décimas, com o Ins- tituto Abel Salazar, também da Universidade do Porto, a registar 18,35 valores, a Universidade do Minho, 18,27, a Universidade de Coimbra, 18,15, e a Universidade de Lisboa, 18,08.

Com muito mais candidatos do que lugares, em qualquer dos cursos, todas as vagas ficaram ocupadas. No total, foram colocados a concurso 1516 lugares, mas foram concedidos dois adicionais à Universidade da Beira Interior, elevando o total para 1518.

Em 2009 tinham sido abertas 1490 vagas em Medicina, pelo que a subida deste ano foi pouco significativa. Em todo o caso, na última década, segundo um balanço divulgado em Abril deste ano pela Direcção-geral do Ensino Superior, os lugares neste curso mais do que duplicaram em relação aos 735 oferecidos em 2000.

Actualmente, o número de conclusões dos cursos de Medicina já ultrapassa as perdas sentidas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Só no ano passado, aposentaram--se 401 médicos, mas ingressaram no internato (especialidade) cerca de mil. Este ano, até Abril, cerca de 600 tinham pedido a reforma na sequência da entrada em vigor das novas regras das aposentações. Mas esta diferença só será mais notória quando estes recém--diplomados concluírem os quatro a sete anos de especialização.

Para quem não concorre pelos chamados "regimes gerais", que reservam cerca de uma centena de lugares, as hipóteses de entrar numa Faculdade de Medicina portuguesa esgotam-se nesta primeira fase. Este ano, através de uma alteração legal, as instituições podem pedir à tutela vagas adicionais e, embora difícil, não está completamente excluída a hipótese de este curso ser abrangido.

Porém, para quem não entrou, a alternativa mais viável será imitar centenas de estudantes que têm optado pelo exterior.

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