Só é uma "ameaça para os taxistas porque tem muita gente, a procurar os seus serviços"

Pires de Lima entende "uma parte do sentido dos protestos" dos taxistas.

O ministro da Economia, António Pires de Lima, disse hoje entender os protestos dos taxistas contra a Uber e que o serviço seja encarado como uma "ameaça", sublinhando que deve ter regras próprias e ser enquadrado.

"Entendo o sentido ou, pelo menos, julgo entender uma parte do sentido dos seus protestos", disse, aos jornalistas, acrescentando que a Uber é um serviço que deve ter "regras próprias" e que precisa de ser "enquadrado".

Para o governante, que falava à margem da apresentação de um plano de desenvolvimento para Vilamoura, aquele serviço não seria sentido "como uma ameaça" pelos taxistas "se não tivesse gente, provavelmente muita gente, a procurar os seus serviços" e se não estivesse a prestar um serviço "que alguns entendem como necessário e inovador".

Segundo António Pires de Lima, o esforço de enquadramento da nova atividade já levou à criação de um grupo de trabalho europeu onde Portugal "deve participar e ter uma voz ativa", para que "não se conheçam diferentes enquadramentos, diferentes regulamentos", de país para país.

"É importante aguardar pelos resultados desse trabalho e esperar, porque é evidente que, no final, temos que ter regras de concorrência que sejam sentidas como regras de concorrência saudáveis", concluiu.

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