Redução do preço insere-se nas medidas para diminuir défice do Estado
A redução do preço dos medicamentos insere-se nas medidas de austeridade destinadas a diminuir o défice do Estado, disse hoje à Lusa a ministra da Saúde, Ana Jorge.
"Avançamos com medidas de contenção para o medicamento em Abril, avançámos com um programa de combate ao despesismo e boa gestão em Junho e nessa altura anunciámos que iríamos tomar mais medidas para continuar a gerir melhor", explicou Ana Jorge, em declarações à agência Lusa.
A governante adiantou que "estão em análise mais medidas para contribuir para uma gestão eficiente e para contribuir para a poupança do Estado não pedindo mais esforços ao cidadão".
O Conselho de Ministros aprovou hoje um decreto lei que vai levar à redução do preço dos medicamentos em seis por cento, incentiva a prescrição eletrónica e altera a comparticipação dos medicamentos.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
De acordo com Ana Jorge, as medidas hoje anunciadas poderão significar uma poupança de 250 milhões de euros.
Questionada pela Lusa, a ministra esclareceu que a redução do preço dos medicamentos incide também sobre a indústria e as farmácias, mas beneficiia os cidadãos.
Ana Jorge disse ainda que vai haver um corte no número de meios complementares de diagnóstico pedidos pelos cidadãos e comparticipados pelo Estado.
"Vamos introduzir medidas para o uso racional de meios complementares de diagnóstico, porque em Portugal usa-se e abusa-se deles sem necessidades clínicas", justificou.
Ana Jorge falava à margem da inauguração de um jardim-de-infância na Lourinhã, em que esteve enquanto presidente da respetiva assembleia municipal.