Reabilitação ajuda a melhorar o tratamento

Os doentes reabilitados conseguem controlar muito melhor os seus sintomas e ter mais autonomia do que quando só tomam medicamentos.

Álvaro Carvalho, coordenador dos cuidados continuados integrados da Saúde Mental, elogia os actuais tratamentos, mas garante que "um doente que faça reabilitação durante seis meses, além dos medicamentos, consegue estar mais bem controlado ao fim de um ano do que um doente que só faça a medicação".

Os novos remédios, como os antipsicóticos, controlam cada vez melhor a doença e têm menos efeitos adversos, mas há prova científica de que os programas de reabilitação psicossocial ajudam a inverter o isolamento, os delírios ou as relações pouco amistosas.

"Com estes programas conseguem-se níveis de adaptação satisfatórios, há doentes que conseguem ter uma família e trabalhar sem ter empregos protegidos", garante Álvaro Carvalho.

A rede que promove a reabilitação dos doentes vai ter três tipos de serviços: as unidades residenciais, sócio-ocupacionais e as equipas de apoio domiciliário.

Nas unidades residenciais há quatro tipos de oferta para adultos. As de treino de autonomia, que ficam na comunidade, destinam-se a pessoa com doença grave mas que tenham pouca incapacidade. O objectivo é, num máximo de 12 meses, conseguir a sua integração na família.

As residências autónomas destina-se aos mesmos doentes quando não têm rede familiar, ajudando-os na socialização e dando-lhes formação para o emprego. As de apoio moderado destinam-se a pessoas já com um grau moderado de incapacidade, para que tenham melhor qualidade de vida. Por último, as de apoio máximo têm como objectivo evitar o agravar da dependência. As unidades ocupacionais destinam-se a doentes mais estabilizados e querem promover a sua autonomia, integração familiar e profissional. Por último, as equipas domiciliárias pretendem prevenir internamentos, ajudar na medicação, apoiar as famílias e promover as relações sociais.

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