Rastreios à tuberculose por causa de caso multirresistente

A deteção de um caso de tuberculose multirresistente no concelho de Pombal vai obrigar à utilização de uma unidade móvel para a realização de rastreios locais no final de novembro, informou hoje o delegado de saúde.

José Ruivo, delegado de saúde de Pombal, explicou à agência Lusa que vai ser realizada a prova tuberculina e o teste IGRA na freguesia do Louriçal e que o rastreio será repetido cerca de seis meses depois, para que o despiste final englobe um possível período de incubação da doença infetocontagiosa.

A estratégia escolhida "é, também, uma forma de descansar as pessoas", depois da deteção de um caso de tuberculose multirresistente num imigrante ilegal que durante vários meses recusou tratamento e que, na passada quinta-feira, foi internado no serviço de medicina infetocontagiosa do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Além deste homem, de 41 anos, outros quatro casos foram assinalados em quatro outros imigrantes que conviviam com o paciente e cujos testes de tuberculina e IGRA deram resultados positivos, necessitando de monitorização, "até porque não completaram o tratamento", explicou José Ruivo.

O delegado de saúde de Pombal alertara, na quarta-feira da passada semana, que o rastreio à população só poderia ser efetuado quando fosse encontrada uma solução para o caso já diagnosticado, ou seja, após a saída do indivíduo do lugar de Foitos, Louriçal.

"O serviço de Estrangeiros e Fronteiras confirmou que o indivíduo se encontrava em situação ilegal, mas a verdade é que não é possível fazer o repatriamento enquanto subsistir o perigo de contágio, até porque nenhuma companhia aérea aceita transportá-lo", afirmou, na ocasião.

Na quinta-feira, o homem infetado com a tuberculose multirresistente aceitou ser internado para tratamento voluntário, informou à Lusa fonte da Administração Regional de Saúde do Centro.

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