"Quem são os fornecedores que se queixam?"
O presidente do grupo Jerónimo Martins desafia os fornecedores que se queixam da Jerónimo Martins a darem-se a conhecer. Em entrevista à SIC Notícias admitiu que afinal sabia da existência da campanha, mas não da data. Iniciativa rendeu 27 milhões de euros. "Política agressiva" é para continuar.
«Diga-me quem são essas pessoas e traga-as. Eu gostava de saber quem são esses fornecedores que se queixam que a Jerónimo Martins deu cabo deles", disse na entrevista concedida ao programa "Negócios da Semana, do jornalista José Gomes Ferreira.
O presidente do grupo Jerónimo Martins alegou que na campanha não houve prática de "dumping" (venda a preço inferior ao do custo), embora tenha admitido que possa ter havido "um ou outro preço errado" em 16.000 referências de produtos.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) concluiu ter havido ilegalidades na campanha promocional do Pingo Doce e entregou o processo à Autoridade da Concorrência.
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O líder da empresa garantiu que campanhas como esta não se voltarão a repetir, mas a "política agressiva" continua. "Não queremos perder vendas (...). A prioridade é a venda, não é o lucro", justificou, em entrevista à SIC Notícias, Alexandre Soares dos Santos, que lidera o grupo proprietário da cadeia de supermercados Pingo Doce.
Soares dos Santos adiantou que campanha do feriado do Dia do Trabalhador, com a qual os clientes obtinham 50 por cento de desconto para compras superiores a 100 euros, destinou-se a recuperar "vendas perdidas" e rendeu 25 a 27 milhões de euros.
Um dia depois da campanha, a Jerónimo Martins assegurara que a "ação comercial" era uma das várias iniciativas do género previstas para este ano.
O Pingo Doce optou por abrir as suas lojas no feriado do Dia do Trabalhador e deu descontos de 50 por cento aos clientes que faziam compras superiores a 100 euros.
A campanha promocional resultou numa grande afluência às lojas, provocando, nalguns casos, desacatos e agressões, que levaram à intervenção da PSP.