Quatro freiras absolvidas de maus tratos a menores

O Tribunal de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, absolveu quatro freiras e uma funcionária do Lar de Santa Maria Goretti acusadas pelo Ministério Público (MP) de infligir maus tratos físicos e psicológicos a menores . O juiz reconheceu que o processo não foi bem instruído e que ficou provada a prática de castigos corporais, mas não de forma continuada.

Denunciado pela RTP/Açores há cerca de seis anos, o caso fez estalar a polémica após a entrega de cartas e fotografias à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Angra do Heroísmo a dar conta da existência de violência física e psicológica sobre crianças e jovens albergadas na instituição, propriedade da Diocese de Angra e Ilhas dos Açores e entregue à Congregação Bom Pastor. Uma situação que acabaria por ser corroborada por utentes, sobretudo meninas de 10 e 11 anos, que se queixaram de agressões físicas, pressão psicológica e até negligência no fornecimentos de alimentos e cuidados de saúde a cargo daquelas responsáveis - à frente da instituição religiosa há 30 anos.

Pouco depois da denúncia, o lar fechou as portas. Na altura, foi instaurado um inquérito para apuramento de responsabilidades. As utentes do lar tiveram então de ser recolocadas em alojamentos espalhados por Angra do Heroísmo. O Bispo dos Açores já lamentou o sucedido alegando que "um facto esporádico ou menos feliz não pode pôr em causa a avaliação global de um trabalho que é francamente positivo ". D. António Sousa Braga pediu "desculpa por terem sido publicamente enxovalhadas e humilhadas".

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG