Professores convocam greve às avaliações finais
Pré-aviso, que abrange todas as organizações sindicais, vai afetar as reuniões de conselho de turma do pré-escolar ao 10.º ano de escolaridade, arrancando no dia 18 de junho
Os sindicatos de professores anunciaram esta tarde, em bloco, a convocatória de uma "greve às avaliações nos ensinos básicos e secundário e na educação pré-escolar".
Em causa - apesar de estarem agendadas para os próximo dia 4 a 6 de junho reuniões com o Ministério da Educação - está o que estas organizações consideram ser o incumprimento do que foi assumido pelo governo no entendimento assinado com os docentes em novembro, nomeadamente no que respeita à recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias de serviço congelado.
"As organizações sindicais de professores e educadores decidem entregar, ainda hoje, o pré-aviso de greve, não por qualquer questão de ordem legal, mas para que o governo compreenda que não poderá chegar ás reuniões de 4,5, e 6 de junho sem propostas que deem resposta aos problemas dos professores", justificam em comunicado.
A greve à "atividade de avaliação" terá início a 18 de junho, "com incidência nas reuniões de conselho de turma dos 5.º, 6.º, 7.º,8.º e 10.º anos de escolaridade" e, a partir de 22 de junho, no pré-escolar. A previsão é que esta se prolongue "até finais de junho, podendo continuar em julho".
A hipótese desta greve às avaliações - que não afetará a realização de exames nacionais e provas finais - já tinha sido avançada pelos sindicatos. Mas não estava previsto que pudesse ser convocada antes das reuniões com o Ministério.
Este mês, recorde-se, os professores já realizaram uma manifestação nacional, em Lisboa, que terá reunido cerca de 50 mil pessoas.
