Muda-se a página no regime democrático e Mário Soares retoma, "com alegria", o seu lugar de deputado. Após ano e meio de executivos de iniciativa presidencial, ao rejeitar novo convite de Sá Carneiro para se aliarem - o que implicaria o líder socialista avançar para Belém e o social-democrata ficar à frente do Executivo, numa repetição do repto lançado no almoço de 1976, no Tavares Rico ("restaurante muito do seu gosto"), em que Soares "[lhe disse] logo frontalmente que não" se candidatava, nessa altura, a Belém (Um Político Assume-se) - , o ex-primeiro-ministro socialista vê o presidente do PSD juntar-se ao CDS e ao PPM na Aliança Democrática (AD), no verão de 1979, obtendo ainda o apoio do grupo de dissidentes do PS conhecidos como Reformadores (de António Barreto e de Medeiros Ferreira).