PCP condena antecipação de aumentos

O PCP condenou hoje o aumento do IVA sobre a electricidade e o gás, uma medida que vai contribuir para o "empobrecimento do país" e vai "infernizar a vida" dos portugueses e voltou a defender a renegociação da dívida.

"As medidas anunciadas são dirigidas contra os mesmos de sempre. O aumento da taxa de IVA para a electricidade e para o gás significará cerca de 400 milhões de euros por ano roubados aos bolsos dos portugueses", afirmou aos jornalistas Albano Nunes, do secretariado do PCP.

O dirigente comunista inseriu estes aumentos, cuja antecipação foi hoje anunciado pelo ministro das Finanças, num quadro de outras medidas "que vão no sentido do empobrecimento do país, de impedir o seu real desenvolvimento e vão particularmente no sentido de infernizar a vida de milhões de portugueses".

"O PCP pensa que há alternativa, pensa que não é este o caminho da resolução dos problemas graves que tem neste momento de enfrentar o nosso país, pensa que se trata, nomeadamente, antes que seja tarde de mais, todo um processo de renegociação da dívida externa, com seus montantes, com os seus prazos e os seus juros", defendeu.

Numa declaração na sede do partido, em Lisboa, Albano Nunes argumentou pela necessidade de serem tomadas "medidas enérgicas para o desenvolvimento da produção nacional", com "aumentar os salários, as pensões, os subsídios sociais".

"Não apenas por razões de evidente de justiça social, mas porque se trata de medidas elementares que muitos economistas independentes reconhecem para animar o mercado interno e desenvolver a própria produção", acrescentou.

Albano Nunes reiterou que "o PCP jamais aceitará que seja do estrangeiro que se indica aos portugueses o que deve ou não ser feito, jamais aceitará que Portugal seja transformado num protectorado do grande capital e das grandes potenciais da União Europeia".

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou hoje que o aumento do IVA sobre a electricidade e gás natural será antecipado de 2012 para o último trimestre deste ano, prevendo-se uma receita na ordem dos 100 milhões de euros.

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