Pais criticam demora na colocação de professores
Dezenas de pais juntaram-se esta quinta-feira à porta da EB1 do Parrinho, São João da Madeira, preocupados porque na véspera ainda não havia professor para três das cinco turmas.
Fernanda Castro, da Associação de Pais, explicou aos restantes encarregados de educação que na noite de quarta-feira "chegou finalmente a informação de que iria ser concedida mobilidade" aos três professores que, no ano anterior, lecionaram naquela escola, para resolver o problema.
"Esta escola mudou de agrupamento, e foram feitos os ajustamentos de alunos e de instalações, mas não de professores, situação que se repete desde então. Apesar das nossas insistências junto do Ministério, desde agosto, só às 20:30, já depois da reunião que houve no agrupamento, é que nos foi comunicado que a situação ia ser resolvida para este ano, mas queremos uma solução definitiva", disse.
Em causa estavam o 1.º, 2.º e 4.º B, cujos professores pertencem ao anterior agrupamento que a escola integrava, e que os pais pretendem que continuem a lecionar na Escola do Parrinho, para "manter a continuidade pedagógica", já que ali dão aulas há vários anos.
"São competentes e confiamos neles porque estão cá há muito tempo", afirmou Fernanda Castro.
A Associação de Pais lamenta que só na véspera de mais um protesto dos encarregados de educação a situação tenha sido desbloqueada e lamenta que, mais uma vez, se crie a incerteza até ao começo das aulas, que ocorre na sexta-feira.
"Foi-nos dito no ano passado que o problema ficaria resolvido com a alteração ao Estatuto da Carreira Docente e, afinal, este ano voltou a repetir-se. O que pretendemos é uma solução definitiva", salientou.
À entrada da Escola EB1 do Parrinho, Fátima Guimarães do Sindicato de Professores do Norte (SPN) manifestava a solidariedade com os pais, criticando "um processo que se arrasta sem razão, para angústia dos professores que nunca sabem como vai ser o ano seguinte".
"É a prova de que os agrupamentos não são feitos à medida das necessidades da comunidade escolar, pois o Ministério aprovou a reorganização dos agrupamentos mas não deu o devido enquadramento legal", disse.
A EB1 do Parrinho tem cerca de 150 alunos, 60% dos quais não tem garantia de continuidade dos respetivos professores.