Nove em cada 10 entraram no superior na 1.ª fase
Um total de 45 592 alunos entrou no ensino superior pelo concurso geral de acesso, na 1.ª fase. É a quinta subida consecutiva
No geral, houve uma subida de 315 em relação a 2009, mais modesta do que as de anos anteriores, mas que somada ao aumento de mestrados e doutoramentos fará deste um ano recordista em termos de ingressos no ensino superior.
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De fora, pelo menos para já, ficaram cerca de 6200 estudantes que vão disputar na 2.ª fase - que decorre entre segunda e sexta-feira - os 7853 lugares sobrantes, a que se juntarão outros, nomeadamente os libertados por concursos especiais.
Por instituições, a Universidade do Porto repetiu a proeza de 2009, preenchendo todos os lugares na 1.ª fase. Desta vez, teve a companhia das escolas superiores de Enfermagem de Coimbra, Porto e Lisboa, a provarem que a procura na Saúde não se esgota nos cursos de Medicina.
Muito próximas da lotação plena ficaram Escola Superior de Hotelaria do Estoril (99%), Universidade de Coimbra (99%), Nova de Lisboa (97%) e Politécnico do Porto (96%).
No extremo oposto, a Escola Náutica Infante D. Henrique, de Paço de Arcos, só ocupou 84 lugares, correspondentes a 46% da sua oferta. Com pior percentagem (40%) ficou o Politécnico de Tomar, que ocupou 293 lugares.
Também nos cursos a variação foi grande. Entre os mais procurados, a Medicina - como sempre sucede -, ocupou a totalidade dos 1518 lugares disponibilizados por nove instituições distintas.
Mas abundaram as ofertas, a esmagadora maioria das quais em regime pós-laboral, que não conseguiram preencher o mínimo de 20 alunos para terem condições de funcionamento asseguradas.
Pelas contas do DN, houve mesmo 18 cursos sem um único candidato, numa lista em que se incluíam ofertas de instituições como a Universidade de Lisboa e o Politécnico do Porto.
A relação entre a oferta e a procura reflecte-se também nas médias de ingresso dos alunos. Assim, enquanto em Medicina a média mais baixa do último colocado foi de 17,82 valores, no ciclo básico de estudos da Universidade dos Açores, houve também um total de 35 licenciaturas em que foi possível entrar com uma nota de candidatura inferior a dez.