MP nega ter negociado atenuação da medida de coação
O Ministério Público negou hoje que tenha havido uma negociação com o arguido Duarte Lima, no âmbito do processo "Operação Monte Branco", visando atenuar a sua medida de coação para prisão domiciliária.
"Não existe assim, qualquer fundamento nas notícias de uma negociação com o arguido Duarte Lima ou com os seus advogados, tendo em vista a alteração da medida de coação", indica o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) numa nota enviada à comunicação social.
A mesma nota garante que a investigação Monte Branco "não contou, de forma relevante, com elementos de prova vindos da investigação em curso contra o arguido Duarte Lima, que nunca foi ouvido no processo".
O departamento liderado pela procuradora Cândida Almeida refere que a alteração da medida de coação de Duarte Lima, de prisão preventiva para prisão domiciliária com pulseira eletrónica, foi definida pelo Ministério Público (MP) "como fundamento a diminuição do risco de perturbação na obtenção da prova para o inquérito".
O DCIAP revela que Duarte Lima autorizou aos investigadores o acesso a contas bancárias no exterior e entregou dados relativos às mesmas e que se propôs-se vender ativos que detém em Portugal, para "pagar dívidas geradas em Portugal, designadamente junto do BPN".