Ministro da Saúde garante que recrutamento de médicos não é questão de orçamento
Paulo Macedo diz que o problema está na escassez de profissionais em certas especialidades.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, sublinhou hoje que o recrutamento de médicos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem a ver com a escassez de profissionais em certas especialidades e não é uma questão orçamental.
Paulo Macedo salientou que "há claramente financiamento" para o recrutamento de médicos e explicou que "a questão é a escassez destes profissionais em certas especialidades".
Depois da visita de hoje a dois centros de saúde da região de Lisboa com prolongamento de horário aos dias de semana e ao sábado por causa do surto de gripe, o governante afirmou que, no ano passado, foram recrutados "todos os médicos de medicina geral e familiar disponíveis em Portugal".
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Acompanhado pelo secretário de Estado Ajunto do Ministro da Saúde, Leal da Costa, Paulo Macedo notou que não só se recrutaram médicos de medicina geral e familiar que "terminaram a especialidade" como se abriu "a possibilidade de quem está no setor privado poder vir para o público".
"Vamos fazer este ano novamente para diferentes especialidades hospitalares", garantiu o membro do Governo, acrescentando que se preconiza o recrutamento de "todos aqueles que há necessidade no SNS", como, por exemplo, "radiologistas e anestesistas".
O ministro da Saúde referiu ainda que "é para manter" o prolongamento do horário dos centros de saúde, das 20:00 às 22:00 nos dias de semana e das 10:00 às 14:00 aos sábados.
"Para já, estamos satisfeitos, não estamos nada arrependidos", disse, garantindo que o alargamento extraordinário se prolongará "até final de fevereiro".
Nas visitas realizadas hoje à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, em Linda-a-Velha, e ao Centro de Saúde de Alcântara, o número de utentes foi muito escasso, porém Paulo Macedo afirmou que, no agrupamento, foram observadas "cerca de 160 pessoas durante a semana".
"O que entendemos é que há um conjunto potencial dessas pessoas que iriam à urgência [hospitalar]", frisou o ministro, observando que "independentemente de haver mais ou menos pessoas ou por simplesmente termos uma mudança total daquilo que é o surto da gripe, assume-se este custo, o que interessa é servir as pessoas".
O alargamento de horário em centros de saúde foi implementado na Região do Vale do Tejo, "com uma oferta de fim de semana de mais de 2.000 consultas", e em algumas unidades no norte e centro.
"Houve outras administrações regionais de saúde, nomeadamente no Alentejo e Algarve, que acharam que não era preciso ter prolongamento", disse