Ministro acusa empresa de diálise de ato discriminatório e pressão inaceitável
O ministro da Saúde acusou hoje a empresa de diálise que se prepara para encerrar salas de tratamento a portadores de hepatite B de cometer um ato discriminatório e fazer uma pressão inaceitável sobre o Ministério.
A empresa NephroCare prepara-se para encerrar até final do mês as salas de tratamento a portadores de vírus de hepatite B em todo o país. "Parece-nos insólito, não tem base contratual e, independentemente disso, é um ato discriminatório", afirmou Paulo Macedo aos jornalistas à margem da tomada de posse dos novos conselhos directivos das administrações regionais da Saúde. Independentemente das averiguações por parte dos organismos fiscalizadores do Ministério, o ministro afirmou que a primeira prioridade é não deixar que aqueles doentes deixem de ser tratados.
O destino futuro dos doentes está a ser analisado pelas administrações regionais de saúde (ARS). "Parece-nos uma ponto de pressão sobre o Ministério da Saúde que não iremos aceitar", acrescentou. A NephroCare já solicitou a transferência dos 64 insuficientes renais com hepatite B que usavam os seus serviços para as administrações regionais de saúde, mas assegura que nenhum doente corre risco.
A empresa justifica a decisão com os cortes orçamentais efectuados pela tutela e adianta que as suas dívidas ultrapassavam no final de agosto os 100 milhões de euros.
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