Metro de Lisboa fechado devido a greve dos trabalhadores
O Metropolitano de Lisboa está fechado hoje de manhã devido a uma greve parcial dos seus trabalhadores, em protesto contra as medidas previstas no Orçamento do Estado para 2014, disse à agência Lusa a sindicalista Anabela Carvalheira.
Segundo a representante da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), "nenhum maquinista pegou ao serviço" hoje de manhã e, portanto, "não há condições para haver transporte".
"Obviamente as estações estão todas fechadas", adiantou Anabela Carvalheira, referindo que os níveis de adesão à greve "estão dentro dos padrões habituais".
"Os trabalhadores do Metro continuam empenhados em defender a empresa, enquanto empresa pública, e não estão, de maneira nenhuma, disponíveis para continuar a ser roubados", alegou a sindicalista, garantindo que a circulação deverá normalizar cerca das 10:00.
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A greve, que começou às 05:30, irá durar até às 09:30, período em que a rodoviária Carris reforça algumas das suas carreiras coincidentes com os eixos servidos pelo metropolitano, nomeadamente os autocarros 726 (Sapadores-Pontinha Centro), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação Damaia).
Esta é a quarta greve parcial que os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa realizam desde meados de novembro, mas a Fectrans anunciou, na terça-feira, novas paralisações parciais, a primeira das quais a 02 de janeiro, entre as 05:30 e as 10:00, seguida de "mais uma greve parcial por semana".
Entre os motivos para estas paralisações está o decreto-lei 133/2012, que "pretende abrir as portas à concessão da empresa e, uma vez mais, reduzir trabalhadores, diminuir os seus direitos e reduzir a sua remuneração", afirmou Anabela Carvalheira em anteriores declarações à Lusa.
Os funcionários do Metropolitano de Lisboa entendem que o Orçamento do Estado para 2014 "visa uma vez mais os trabalhadores do setor empresarial do Estado, com cortes brutais, encaminhando estes trabalhadores para uma situação insustentável", acrescentou a sindicalista.