Médicos não respondem a apelo de associação
Nem um único médico respondeu ao apelo da União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC), que solicitava oncologistas ou médicos de clínica geral para apoiar doentes, disse à Lusa a porta-voz daquela associação.
Durante o mês de março, a UHDC promoveu uma campanha de admissão de médicos voluntários para ajudarem nas valências gratuitas do Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico e na Linha Contra o Cancro, a primeira a funcionar em Portugal.
"Não conseguimos o objetivo final, que era pelo menos um médico, oncologista ou de clinica geral, para dar apoio uma ou duas horas por semana", disse Cláudia Costa, acrescentando desconhecer se foi falta de interesse ou tempo ou se a mensagem não chegou.
No atendimento aos doentes, a UHDC disponibiliza um serviço de psicologia e um serviço médico, que contava com um médico oncologista do Instituto Português de Oncologia, que teve que se ausentar "numa missão para fora do país".
O apoio médico ficou assim desfalcado e os doentes deixaram de ter a quem recorrer quando tinham dúvidas, precisavam de orientação ou de segundas opiniões.