Marcelo elogia atitude "moderada" do PSD em relação ao Governo
"Acho que é positivo este estado de espírito em Portugal"
O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa elogiou o líder da oposição por anunciar uma atitude "favorável e moderada" em relação ao novo Governo considerando "muito positivo" o tom "cordial" do primeiro debate quinzenal na Assembleia da República.
Em Braga, à margem do II Fórum União de Exportadores da CPLP, o professor classificou como "positivo" o "estado de espírito" em Portugal, depois de elogiar Pedro Passos Coelho e a atitude do agora ex-primeiro-ministro perante o atual Governo liderado por António Costa.
"Parece um sinal muito positivo, de consenso de regime, a que eu tenho apelado, o esforço feito, quer no debate de ontem [quarta-feira], que foi um debate cordial entre o Governo e a oposição, quer o esforço de hoje quando o líder da oposição, no seu partido europeu, o Partido Popular Europeu, explicou que ia haver uma atitude favorável e moderada em relação ao novo Governo português", apontou.
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"Acho que é positivo este estado de espírito em Portugal", concluiu.
Hoje, em Bruxelas, para participar na tradicional reunião do PPE que antecede os Conselhos Europeus, mas agora (novamente) como líder da oposição, Pedro Passos Coelho, questionado sobre se esperava que a maior família política europeia, que o PSD integra, tivesse reagido de outra forma à mudança política em Portugal, indicou que foi o próprio a solicitar aos seus parceiros que reagissem "com moderação", apesar da preocupação com a aliança do novo executivo socialista com forças "antieuropeias" (Bloco de Esquerda e PCP).
"O PPE reagiu com moderação, como, de resto, eu solicitei que fizessem. Não há nenhuma razão para que o PPE tenha, sobre matérias que respeitam à soberania portuguesa, nenhuma intervenção particular. Manifestaram alguma apreensão pela forma como em Portugal o Governo aliou forças que são antieuropeias no apoio ao próprio Governo, e creio que isso esteve na origem de preocupações, não apenas aqui em Bruxelas e na Europa mas também em Portugal, mas não mais do que isso", afirmou.