Marcelo desmente Teresa Leal Coelho

Belém "reprova qualquer tentativa de aproveitamento ou manipulação da sua posição"

O Presidente da República cruzou-se, em Lisboa, com a campanha de Teresa Leal Coelho, mas desmente ter-lhe dado "apoio", como a candidata do PSD disse ao Observador.

Segundo fonte da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se esta tarde a uma cerimónia religiosa na Igreja do Loreto (Largo Camões) e ao sair foi-se cruzando também com campanhas do PS, do CDS e da CDU. Já na rua Pedro V, estando o PR dentro do carro, abeirou-se dele a candidata do PSD, Teresa Leal Coelho, tendo esta dito depois ao Observador que recebeu de Marcelo "uma palavra amiga, de apoio".

A fonte da Presidência desmente categoricamente ao DN o que Teresa Leal Coelho disse.

Em comunicado, Belém garante que "como é evidente, o Presidente da República não apoia nenhuma candidatura eleitoral e reprova qualquer tentativa de aproveitamento ou manipulação da sua posição."

E contextualiza o que se passou:"Esta tarde, quando se dirigia da Igreja do Loreto para Belém, cruzou muitos lisboetas em diversas ações de campanha, de pelo menos três partidos, que saudou como sempre faz; quando estava no carro parado no trânsito, cruzou uma quarta candidatura, tendo a cabeça de lista atravessado a rua para o cumprimentar."

"Nada neste encontro autoriza qualquer interpretação de apoio específico", conclui a mensagem publicada no site da Presidência,

Leal Coelho diz que foram trocadas palavras amigas em "encontro casual"

A candidata do PSD à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Teresa Leal Coelho, afirma que o encontro com o Presidente da República foi "casual" e que foram trocadas "palavras amigas" e não de apoio.

"Foi um encontro casual. Eu estava a terminar uma arruada no Príncipe Real, o Presidente da República passou, eu fui cumprimentá-lo. É sempre bom cumprimentá-lo, trocámos palavras amigas e não tem mais história do que isto", disse Teresa Leal Coelho.

A candidata social-democrata afirmou que se dirigiu a Marcelo Rebelo de Sousa, que "estava parado no trânsito".

Em declarações ao jornal 'online' Observador divulgadas antes da publicação desta nota, Teresa Leal Coelho disse que o chefe de Estado lhe tinha dado "uma palavra amiga, de apoio".

Confrontada com estas declarações, Teresa Leal Coelho recusou ter falado em apoio, elencando que "aquilo que aconteceu foi uma troca de palavras simpáticas, afetuosas".

"Havia um meio de comunicação social presente e que interpretou como uma palavra de apoio. Aquilo que eu disse é que foi uma palavra amiga", referiu a candidata, acrescentando que "a palavra apoio não foi referida".

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG