Jardim: Resolver situação financeira é objectivo prioritário

O presidente do PSD-Madeira afirmou quarta-feira que o seu primeiro objectivo é fazer o acordo financeiro com o Executivo da República para resolver os custos da "resistência às medidas do PS", à qual atribuiu o aumento da dívida regional.

"A resistência às medidas do Governo do PS custou caro. A dívida cresceu bastante e é preciso pôr as finanças em ordem para levar isto para a frente e poder pagar os atrasos que estão por pagar", disse Alberto João Jardim num dos comícios da pré-campanha na freguesia da Boaventura, no concelho de S. Vicente.

Por isso, o líder madeirense salientou que "fazer o acordo financeiro com o Estado português" é o seu primeiro objectivo.

"Agora estou a tratar com novo Governo para resolvermos o problema da dívida da Madeira", declarou, garantindo ter "capacidade de negociar com o Governo da República".

Sustentou ter "costas largas" para aguentar com as críticas dos comentadores das televisões do Continente, frisando que dá a Lisboa "o mesmo tratamento dado à oposição" na Madeira. "Não ligo, nem passo cartão, e vou em frente porque atrás de mim está o povo da Madeira", afirmou.

Jardim argumentou também que tem sido muito criticado porque "muitos em Lisboa queriam que o povo madeirense pagasse e fizesse sacrifícios para resolver as diabruras deles, mas não queriam que a Madeira também regularizasse as suas contas. Os sacrifícios pedidos eram só para resolver problemas do Continente".

Depois de afirmar que os Açores, com o governo de Sócrates, receberam três vezes mais dinheiro que a Madeira do Estado português e da União Europeia, "mas continuam atrasados", Jardim disse: "O dinheiro que vem para Portugal também tem de vir para Madeira".

Cabeça de lista do PSD às eleições legislativas regionais de 9 de Outubro, Jardim afirmou que quer "calar e derrotar a Madeira Velha e as vozes que em Lisboa estão sempre contra o povo madeirense".

Depois de na terça-feira ter apelado ao voto da Esquerda, Jardim apelou hoje ao "voto certo do eleitorado da Direita no PSD", destacando que foi o PSD que "fez as mudanças que permitiu à Direita viver em paz e ganhar dinheiro" nos últimos anos no arquipélago.

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