Jardim acusa CDS-PP de "tentar envenenar" a coligação
O cabeça de lista do PSD às eleições legislativas da Madeira, Alberto João Jardim, acusou hoje o candidato do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, de tentar envenenar a coligação governamental entre sociais-democratas e centristas.
"Mesmo em Lisboa, ele está a tentar envenenar as relações entre o PSD e o CDS, porque em Lisboa, sim, não há maioria e é preciso haver uma coligação", afirmou Alberto João Jardim.
Num comício no Paul do Mar, concelho da Calheta, o candidato social-democrata disse que os seus companheiros de partido na capital portuguesa "já estão de olho nele", pedindo às centenas de pessoas presentes para que "tomem cuidado com o CDS".
"Eles, fazendo-se uns cristãozinhos, benzendo-se, não com a mão direita, mas com a mão esquerda, estão, de facto, aqui na Madeira, ao serviço da esquerda", declarou Alberto João Jardim, explicando que, enquanto o Governo "diz que não é possível fazer mais hospitais", na região os centristas "dizem que podem fazer hospitais, só que o dinheiro não aparece de parte nenhuma".
O candidato alertou ainda os simpatizantes e militantes sociais-democratas que o CDS, ao não querer coligações com o PSD na Madeira, está a dizer que "um voto dado neles é para ajudar o Partido Socialista a ser governo".
"Um voto no CDS é, indirectamente, um voto a favor do Partido Socialista que roubou a Madeira para os socialistas serem governo na Madeira", considerou.
No discurso, o cabeça de lista social-democrata, que desde 1978 lidera o Governo Regional, criticou, também, o candidato socialista, Maximiano Martins, a quem se referiu como "um dos homens que esteve na jogada com o Sócrates para roubar dinheiro ao povo madeirense", numa alusão à Lei das Finanças Regionais.
"Todos sabem a Lei que eles fizeram para nos roubar dinheiro e os Açores receberem três vezes mais que a gente e o dinheiro nosso também ir em parte para os cofres de Lisboa", sublinhou Alberto João Jardim, que, sobre o candidato socialista, acrescentou: "Esse tipo, se o PS ganhasse as eleições na Madeira, seria o vosso presidente, o homem que vos roubou".
Recordando que "a oposição foi contra as obras que se fizeram", o cabeça de lista social-democrata disse acreditar que o partido vai "ter uma maioria daquelas de arrebentar", pedindo aos presentes ajuda para levar a Madeira "para a frente" e para o PSD ter "uma grande vitória" a 09 de Outubro.
Desde as primeiras eleições regionais, em 1976, o PSD tem sido o partido mais votado na Região Autónoma da Madeira, obtendo, sempre, maiorias absolutas no hemiciclo madeirense.
Nas últimas eleições regionais, em 2007, antecipadas na sequência da demissão do presidente do Governo Regional devido à aprovação da Lei das Finanças Regionais pelo Governo socialista de José Sócrates, o PSD conquistou 33 dos 47 lugares no Parlamento Regional ao conseguir uma votação de 64,24 por cento.
