Gestora da Zona Franca diz que manter benefícios fiscais ajuda ao crescimento

O presidente da SDM - Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, Francisco Costa, defendeu hoje que o Governo deve retomar as negociações com Bruxelas sobre os benefícios fiscais para a praça madeirense já que estes ajudam ao crescimento económico.

Francisco Costa sublinha que caso se mantenham os benefícios fiscais da Zona Franca da Madeira, haverá um "aumento da receita fiscal superior a 80 milhões de euros por ano", o que "contribui para a consolidação orçamental e para a estabilidade e crescimento da economia ao manter as cerca de duas mil empresas, milhares de postos de trabalho e a atracção para mais empresas".

O presidente da SDM, responsável pela concessão da Zona Franca, reagia assim à notícia do Jornal de Negócios, intitulada "Governo deixa cair Zona Franca da Madeira", segundo a qual "o Executivo (Governo da República) não vai tomar qualquer iniciativa para retomar as negociações com Bruxelas no sentido de estender os benefícios fiscais na Zona Franca da Madeira (ZFM), cujo fim está anunciado para 31 de Dezembro".

"É preciso não ir pelo significado aparente das palavras mas sim ver o fundo da questão. Não acredito que a 'troika', se souber realmente o que se passa, venha a concordar com a suspensão do processo negocial porque isso levará a contrariar os dois grandes objectivos do Memorando", adianta.

"Os políticos é que têm de decidir se querem consolidação orçamental e estabilidade económica ou se querem perda de receita e instabilidade com perda de emprego altamente qualificado", sublinha ainda Francisco Costa.

O presidente da sociedade concessionária do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), que integra a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, lembrou ainda que houve um compromisso eleitoral dos partidos da coligação em reabrir o processo negocial com a Comissão Europeia.

A Zona Franca da Madeira ou Centro Internacional de Negócios da Madeira foi criada em 1984 como instrumento alternativo aos sectores económicos tradicionais da Região e abarca quatro áreas - financeira, serviços internacionais, registo de navios e zona franca industrial -, empregando cerca de duas mil pessoas em domínios que exigem alta qualificação.

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