FAMA diz que a unidade nacional está em risco
Unidade nacional está em risco. Este é o teor do comunicado do FAMA, Forum para a Autonomia da Madeira, presidido por Gabriel Drumond (PSD), organização a que pertence Alberto João Jardim e a maioria dos social-democratas madeirenses.
Emitido esta tarde sob o título "Não fallhem com o Atlântico", o texto explica que os 400 anos de história "ensinaram o povo madeirense a saber sofrer, moldaram-no na resistência e vacinaram-no contra a submissão", advertindo "aqueles que teimarem num centralismo já fossilizado que há revoltas que não se adiam" e "desígnios que não se recusam". Portanto, "a luta continua".
O FAMA cita os recentes desenvolvimentos da questão relacionada com a Praça Financeira da Madeira, que vê alterada as regras de funcionamento em termos fiscais a partir de 1 de Janeiro de 2012, considerando "evidente a manobra do Estado no sentido de prejudicar a região", dada a "increditável sequência de episódios em torno" do CIMN (Centro Internacional de Negócios) denuncia alegados "interesses" nacionais contra a Madeira.
"Denunciamos os dirigentes políticos e as chefias do Ministério das Finanças que, maldosamente, prepotentemente e interesseiramente, tudo fazem para retirar à Madeira quase 150 milhões de euros por ano, sem mostrarem qualquer remorso pela eliminação de cerca de 3 mil postos de trabalho altamente qualificado", uma "atitude declaramente separatista assumida por Lisboa" e que representa "mais um golpe no espírito da unidade nacional que tanto lhes enche o verbo e tão pouco os acompanha acção".
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O FAMA garante que "não deixará que esta grave ofensa passe impune até porque a apatia que grassa no território nacional não nos contagia", chamando a atenção do Chefe de Estado para intervir junto do Primeiro Ministro com vista a garantir a execução de medidas de defesa da praça financeira sob pena de se perder a noção de coesão e solidariedade nacional tantas vezes glorificada em Belém", sublinha.