Duas frentes ativas mas sem riscos para casas
Duas frentes de incêndio continuam hoje de manhã ativas no concelho do Funchal, mas não há casas em risco, disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Municipais do Funchal, Nelson Bettencourt.
"Neste momento [10:00], a situação está muito mais calma, independentemente de ainda termos duas frentes que estão ativas", afirmou Nelson Bettencourt, explicando que um dos casos é na zona do Lombo do Jamboeiro, freguesia de São Roque, onde estão "vários meios concentrados a tentar resolver a situação", mas o fogo está "longe de casas" e "não há qualquer tipo de perigo" para habitações.
A outra situação reporta-se à área da Barreira/Vasco Gil, Santo António, "numa zona inacessível", informou o responsável.
"Estamos a aguardar o desenvolvimento dessa frente, mas também está longe de casas, portanto não há qualquer situação de risco", declarou, adiantando que houve "muito trabalho durante a noite", com muitos reacendimentos, mas "foram todos debelados", mantendo-se, contudo, "equipas no terreno em todas as áreas ardidas para fazer face a qualquer reacendimento".
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Elementos dos Bombeiros Municipais do Funchal e dos Voluntários Madeirenses, além das Forças Armadas, estão atualmente nas operações.
"Temos duas equipas das Forças Armadas que nos estão a dar um apoio fundamental na limpeza e no rescaldo dessas áreas para realmente debelarmos qualquer foco que possa dar origem a um reacendimento", esclareceu.
Nelson Bettencourt reconheceu que as condições meteorológicas durante a noite "ajudaram", mas hoje é "mais um dia de calor" e era "importante" não haver vento: "A situação está muito mais calma, mas vamos ver o desenrolar do dia", afirmou.
O incêndio florestal começou às 02:30 de sexta-feira, na freguesia do Monte, tendo-se agravado ao início da tarde desse dia, passando para as zonas altas da freguesia de São Roque e também para Santo António, onde surgiram novos focos.
A situação levou a Câmara do Funchal a ativar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil às 18:00 de sexta-feira.
Na madrugada de sábado, o Hospital dos Marmeleiros, no Monte, com cerca de 200 utentes, foi evacuado e dezenas de pessoas, na mesma freguesia, foram retiradas das suas casas.
Várias habitações foram destruídas pelos incêndios, que chegaram a ter 15 frentes em simultâneo, e consomem ainda mato e floresta.