Lisboa "pondera" entrar em missão na Somália
O ministro da Defesa disse que Portugal vai ponderar se participa na nova missão militar da UE para formação de forças de segurança da Somália, ontem acordada pelos 27 em Bruxelas.
Augusto Santos Silva falava depois de os ministros da Defesa da UE terem aprovado as linhas gerais de uma missão de formação de cerca de 2000 soldados do futuro Exército somali, em cooperação com a União Africana (UA) e que deverá ser lançada no início de 2010.
Diversos Estados-membros - como a Espanha, França e Alemanha - manifestaram disponibilidade para contribuir com o envio de militares formadores, devendo o figurino da missão e os contributos dos países membros ser definidos em Dezembro.
Santos Silva -que visita oficialmente o Exército na próxima sexta-feira - disse que Portugal vai poderar "em devido tempo" o seu possível contributo, preferindo salientar o apoio ao lançamento de uma missão que vai complementar a "Operação Atalanta" - com a qual a UE combate a pirataria junto à costa somali e decorre há vários meses.
"Sim, ponderaremos em devido tempo, mas evidentemente somos politicamente favoráveis ao lançamento dessa segunda missão", declarou o ministro, adiantando: "Não faria nenhum sentido que a UE interviesse ao largo da costa africana sem desenvolver os mecanismos de cooperação com a UA."