José de Guimarães é o mais 'cotado'

Nas apreensões mais recentes da secção de obras de arte da PJ de Lisboa constam vários quadros falsificados de José de Guimarães, um dos pintores mais cotados na "bolsa de valores" da pintura, com obras que facilmente chegam aos 30 ou 40 mil euros, como adiantou o coordenador de investigação criminal João Oliveira. "No caso do pintor José de Guimarães, o valor está sempre associado ao tamanho das telas. Quanto maior, mais caro". Joaquim Rodrigo e Álvaro Lapa, outros dois pintores muito falsificados, "também têm telas que atingem esses valores".

Só no primeiro semestre deste ano a secção de obras de arte da PJ de Lisboa apreendeu mais de cem quadros falsificados de autores consagrados como Almada Negreiros, Mário Eloy, Álvaro Lapa ou Vespeira, como já tinha referido ao DN o mesmo coordenador, num artigo publicado a 29 de Agosto. "Neste primeiro semestre quadruplicou o número de obras apreendidas em relação ao valor total do ano passado que foi de 23 quadros apreendidos".

As falsificações de Isabel (nome fictício), a herdeira de uma família aristocrata, contribuíram para esse aumento de apreensões. Dos mais de cem quadros de autores portugueses contemporâneos que forjou entre 2007 e Abril de 2008, 80 foram apreendidos pela PJ de Lisboa e fizeram disparar as estatísticas de apreensões da secção de obras de arte da capital.

A PJ estima que o prejuízo para comerciantes e leiloeiros que compraram estas obras falsas "foi superior a um milhão de euros". Até porque alguns dos pintores com a obra "falsificada" têm quadros que atingem valores de 30 mil euros, como é o caso de Álvaro Lapa, por exemplo. Os inspectores da secção de obras de arte da PJ de Lisboa resgataram 80 desses quadros em Abril último.

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