João Barata diz que não se lembra de ter esfaqueado o filho

Apesar de ter confessado quando foi detido, disse agora em tribunal que não se recorda do que aconteceu. Juiz decretou prisão preventiva, a qual vai ser cumprida no hospital prisional de Caxias.

O homem que confessou ter esfaqueado mortalmente o filho bebé em Linda-a-Velha, em Oeiras, na quarta-feira, ficou hoje em prisão preventiva, segundo fonte do Tribunal de Cascais.

A decisão foi lida à imprensa à porta da instituição por um funcionário judicial e confirmada pela advogada de defesa no local.

De acordo com o funcionário, o detido ficou "em prisão preventiva, fortemente indiciado por homicídio qualificado".

À saída da audição no Tribunal de Cascais, a advogada de João Barata também confirmou a medida de coação de prisão preventiva.

"As razões são o perigo de fuga, a continuidade da atividade criminosa e o alarme social gerado por este tipo de crime, o que é natural", disse.

A advogada realçou que foi nomeada hoje de manhã pelo tribunal para acompanhar o detido.

"O arguido já decidiu que quer que eu continue a acompanhar este processo, mas eu ainda não decidi", disse a advogada, que preferiu não revelar o seu nome.

A advogada revelou que o arguido "não falou do crime ao juiz" e que, apesar de ter confessado à PSP quando foi detido, disse agora em tribunal que se lembra do início do dia mas não se recorda do que aconteceu em relação à morte do filho, Henrique.

João Barata vai cumprir a pena de prisão preventiva no hospital prisional de Caxias, disseram à Lusa fontes judiciais e prisionais. De acordo com as mesmas fontes, a transferência do homem para Caxias deveu-se a questões de segurança do arguido e a uma "eventual instabilidade emocional".

O homem assumiu à PSP ter esfaqueado mortalmente o filho, um bebé de cinco meses, em Linda-a-Velha, no concelho de Oeiras, na quarta-feira, dia em que foi detido.

O bebé ainda foi assistido no local por peritos de emergência médica do Hospital São Francisco Xavier, de Lisboa, mas, segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), acabou por morrer ali.

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