Joana Amaral Dias excluída da lista da direcção
Joana Amaral Dias, ex-dirigente e ex- -deputada do Bloco, foi excluída da lista à Mesa Nacional do BE apresentada pela direcção do partido. Estará em causa nesta exclusão - numa lista que tem 80 nomes - o facto de a ex-deputada ter, alegadamente, "reduzido a sua participação política no partido", segundo uma fonte do BE citada pela Lusa.
Já em 2007, a sua manutenção na Mesa Nacional tinha sido muito contestada. Em causa estava o facto de no ano anterior, Joana Amaral Dias não ter apoiado o candidato do Bloco à Presidência, Francisco Louçã, mas sim Mário Soares.
A ex-deputada - que chegou a ser cabeça de lista pelo BE em Santarém numas legislativas, não logrando ser eleita - não gostou de ser excluída e disse-o: "Não vejo qualquer razão [para ter saído], da minha parte tenho alguma surpresa por esta decisão, penso que tenho dado um contributo importante para o Bloco de Esquerda, tenho estado sempre presente nas campanhas e contribuído para a divulgação e expansão do partido", disse à Lusa.
Uma das teses da moção política apresentada pela direcção de Louçã deixa no ar a hipótese de o Bloco apoiar nas presidenciais de 2011 uma candidatura de Manuel Alegre.
Louçã disse que para o Bloco apoiar Alegre não lhe exige, em troca, uma "ruptura com o PS". "Não é a minha posição, a discussão das eleições presidenciais não é a discussão de nomes, são as pessoas que têm de se apresentar e pronunciar-nos-emos a seu tempo sobre cada pessoa que se apresente", acrescentou.
João Teixeira Lopes, afecto à direcção do BE, disse que o seu partido quer apoiar quem "jamais se envergonhe de usar o cravo vermelho e de o usar no 25 de Abril".
Na oposição interna, Gil Garcia exigiu discursos mais claros sobre as presidenciais: "Então passamos um cheque em branco à comissão política? E para as presidenciais? Qual é esse candidato, será Manuel Alegre? E não se discute as condições em que se apoia Manuel Alegre? Para qual dos dois, o Manuel Alegre o PS ou o que rompe com o PS?"|