CDS adianta que vota contra Orçamento: "Este não é o nosso caminho"
Para o CDS, "não há dúvidas" quanto à posição que o partido vai assumir quando o Orçamento do Estado (OE) para este ano for apreciado no Parlamento: voto contra. Quem o adiantou foi o líder parlamentar dos centristas, Nuno Magalhães, após uma reunião com o ministro das Finanças, Mário Centeno.
"Não há dúvidas quanto a essa matéria porque este não é o nosso caminho", afirmou Magalhães acerca do sentido de voto do CDS, sublinhando que a bancada a que preside não compactuará com medidas fiscais que "afetem a classe média".
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Ladeado por Cecília Meireles e João Almeida, Magalhães insistiu na tese do gradualismo para a recuperação de rendimentos, conforme a coligação PSD-CDS advogava, para criticar a opção mais rápida - devolução de salários na função pública e eliminação da sobretaxa de IRS, por exemplo - tomada pelo Executivo socialista.
Numa altura em que o Governo PS ainda ultima o OE com a Comissão Europeia, o dirigente centrista disse, contudo, que não recebeu de Centeno qualquer garantia sobre os valores do défice (nominal e estrutural), mas ainda deixou a farpa ao referir que "o esboço [orçamental] está a ser dinamitado em Bruxelas".