"Houve ataque de carácter a Sócrates"
António Vitorino defende que "o mundo político tem de acatar a decisão da Justiça". Mas o PSD não desarma contra Sócrates
António Vitorino defendeu ontem na RTP que "o mundo político tem de acatar a decisão da Justiça". O antigo ministro socialista afirmou que o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, já deu por encerrada a polémica sobre as escutas que envolviam o primeiro-ministro, ao ter decidido que não continham indícios criminais.
Vitorino considerou que "houve uma tentativa de aproveitamento político " do caso e um "ataque de carácter a José Sócrates". E que a resposta do PGR acabou com a "deriva de judicialização da Justiça". Para o antigo dirigente do PS este episódio "nunca deu bom resultado para nenhum dos protagonistas" e não pode "continuar sob a cobertura de um caso judicial".
O processo "Face Oculta" esteve ontem bem visível no arranque das jornadas parlamentares do PSD. Em Espinho, o líder da bancada laranja, José Pedro Aguiar-Branco criticou o comportamento do PGR, dizendo que este tem "contribuído mais para confundir do que para esclarecer". Disse ainda que Pinto Monteiro "não tem contribuído para um clima de serenidade nem para se restaurar a confiança no sistema de Justiça". Aguiar-Branco "desejou" que a decisão de Pinto Monteiro de arquivar as escutas "tenha sido a mais correcta" e falou na "insensibilidade que o PGR demonstrou perante ataques muito violentos feitos por membros do Governo, nomeadamente o ministro Vieira da Silva".C F.M./ P.s.
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