Greve deixa em risco consultas, cirurgias e exames

Paralisação de 24 horas abrange auxiliares, administrativos, funcionários do INEM e técnicos de diagnóstico e terapêutica

Consultas, cirurgias, exames, limitações no atendimento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). São estes os serviços que podem ser os mais afetados pela greve de 24 horas decretada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. Estão abrangidos auxiliares, administrativos, técnicos de diagnóstico e terapêutica, profissionais do CODU e técnico das ambulâncias do INEM. Reclamam mais profissionais, o regresso às 35 horas semanais, a criação de carreiras e a atribuição de um suplemento de risco. Há serviços mínimos garantidos.

A paralisação começou às 00.00 e termina às 23.59 de hoje. O pré-aviso de greve é para todos os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde, incluindo médicos e enfermeiros, que se queiram juntar à contestação. Luís Pesca, da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), espera uma grande adesão, a contar pela "grande afluência" que os plenários dos últimos dias tiveram. As queixas, aponta, são muitas. A começar pela proposta de criação de um banco de horas e de adaptabilidade. E que esbarra noutra: a de falta de pessoal. "A criação de um banco de horas implica que um trabalhador faz horas a mais, que vão para um banco virtual e que são compensadas mais tarde. Isto é irreal. Só em auxiliares, a nossa estimativa é que faltem entre 5 mil a 6 mil. Há milhares de horas prestadas a mais, que o ministério recusa pagar em suplementos e que não deixa serem gozadas. Há uma enorme falta de técnicos de diagnóstico. Basta ver as listas de espera e as filas nos atendimentos nas urgências para análises ou raio-X", diz.

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