GNR considera ilegal "congelamento" anunciado pelo Governo
A Associação dos Profissionais da Guarda considerou ilegal e injusto o congelamento das progressões no regime remuneratório das forças de segurança, anunciado hoje pelo Governo, e assegurou que vai avançar para os tribunais e para outras formas de luta.
No âmbito da avaliação conjunta feita com a 'troika', o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou que irá congelar a partir de Setembro as progressões previstas no regime remuneratório para o Ministério da Administração Interna e Ministério da Defesa.
Na opinião de José Manageiro, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), "esta medida vem agravar mais o sentimento de descontentamento na GNR".
O responsável lembrou que há já "um conjunto de elementos da GNR" que em 2020 ganharam na nova tabela e que há postos novos criados dentro desta nova estrutura salarial.
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"Agora onde vamos integrar os novos postos? Há milhares de profissionais penalizados face aos que estão a receber desde 2010. E estes já receberam, não há devolução", afirmou.
José Manageiro considera que esta não pode ser a via e que deveria ser procurada uma outra alternativa, como por exemplo, reposicionar primeiro todos na tabela salarial e depois congelar todos.
Da forma como vai ser feito, causará "grandes prejuízos para os que não foram integrados" e vai "empurrar os profissionais das forças de segurança para processos de luta", afirmou, acrescentando que se está a proteger as classes mais altas e a prejudicar as mais baixas.
"Há uma grande revolta e vamos empreender formas de luta em duas dimensões: Intervenção dos tribunais para que a situação seja regularizada com justiça e o combate associativo, com um processo de luta que é inevitável".