Federação Portuguesa de Futebol sem plano anti-corrupção
Como entidade privada de utilidade pública a Federação Portuguesa de Futebol deve ter medidas para prevenir atos de corrupção nos seus serviços.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não tem qualquer plano de prevenção de corrupção, segundo a lista que está publicada no site do Conselho para a Prevenção da Corrupção (CPC). Esta manhã a FPF foi visitada pelo Conselho, deslocação essa confirmada ao DN pelo porta-voz oficial do CPC. Confrontada com a falta do plano de prevenção de corrupção, a mesma fonte não quis fazer comentários.
Há cinco anos que todas as entidades que gerem dinheiros públicos, como é o caso da FPF, têm uma recomendação deste Conselho para elaborar e adotar aqueles planos. Segundo o CPC mais de 1000 organismos têm estes planos em vigor, estando neste momento a decorrer um inquérito nacional de avaliação a esta medida.
Este plano consiste em identificar em cada serviço os riscos de atos de corrupção, ou crimes relacionados, como o de favorecimento em negócios ou de tráfico de influências, e indicar soluções para os prevenir, responsabilizando sempre um dirigente pela sua execução.
Na reunião, no âmbito de uma designada "visita pedagógica" do CPC, estavam presentes o diretor do Conselho, José Tavares, e o presidente da FPF, Fernando Gomes.
Nos últimos anos não foram conhecidos casos de corrupção nos serviços da Federação.